Calmaria incomum do Sol coloca cientistas em alerta

© Sputnik / Vitaly AnkovNascer do Sol (imagem referencial)
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O Sol entrou em período de calmaria incomum, com um baixo número de manchas solares surgindo em sua superfície.

O nível de atividade é tão baixo que alguns cientistas sugerem que podemos estar nos aproximando de um período "profundo" de atividade solar mínima e, potencialmente, até mesmo um grande mínimo. O último episódio semelhante ocorreu no século XVII e coincidiu com uma curta era do gelo, revela a publicação Newsweek.

O Sol possui um ciclo de 11 anos, quando atividade aumenta e diminui. Isto é causado pelo fortalecimento e enfraquecimento do campo magnético. O ponto quando a atividade é mais alta é conhecido como máximo solar, que é caracterizado por mais manchas solares surgindo na superfície.

© AP Photo / NASA / Goddard / CILCampo magnético do Sol
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Campo magnético do Sol

Enquanto o mínimo solar é quando a atividade decai e menos manchas podem ser identificadas. O último máximo solar teve seu pico em 2014.

Em abril deste ano, pesquisadores da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA previram que a chegada do mínimo solar seria similar ao último ciclo. Em um comunicado, a doutora Lisa Upton, física solar da Corporação de Pesquisa de Sistemas Espaciais, afirmou que o próximo ciclo solar seria semelhante ao anterior, com um máximo fraco e um "longo e profundo mínimo".

Contudo, a pesquisadora comentou que "não existiriam indicações" de que estamos nos aproximando de um mínimo solar como o último grande mínimo – conhecido como Mínimo de Maunder.

O Mínimo de Maunder foi um período entre 1650 e 1715 quando a atividade solar foi extremamente baixa. Frequentemente, é associado com um período de esfriamento global, quando as temperaturas globais eram um grau centígrado mais baixas em relação ao começo da Revolução Industrial.

Mathew Owens, professor de Física Espacial da Universidade de Reading (Reino Unido), disse à publicação Newsweek que entrar em um mínimo solar não é algo incomum, mas o nível de atividade atual é fora do padrão. "O Sol não tem apresentado 'manchas' por uma grande parte do ano, o que é mais calmo do que o comum", afirmou por e-mail.

Owens afirmou que espera que o período de calmaria do Sol chegue a seu fim em um futuro próximo: "Baseado nos ciclos solares anteriores, eu esperaria um aumento da atividade em breve, nos próximos meses. Porém, o Sol pode sempre nos surpreender."

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