Professor critica cooperação 'nuclear' da Noruega com EUA por aumentar tensões com Rússia

© AP Photo / Kenneth MollLançamento de míssil Tomahawk (foto de arquivo)
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De acordo com o professor e tenente-coronel do Colégio de Defesa da Noruega, Tormod Heier, o país nórdico vai ficar melhor em seu papel de intermediário no trabalho em prol do "diálogo, distensão e desarmamento".

Professor do país nórdico alertou que a cooperação na área de mísseis entre Noruega e EUA que, segundo a emissora norueguesa NRK, já dura cinco anos, tem como meta aumentar as tensões e a desconfiança nas relações entre a Noruega e a Rússia.

"Noruega está ajudando a diminuir o limite para uso de armas convencionais e nucleares", comentou.

De acordo com Tormod Heier, a Rússia enxerga a Noruega principalmente como parte do poder combativo dos EUA para conter a Frota do Norte russa no mar da Noruega e no oeste e adverte contra futuros desenvolvimentos nesta área.

"Os interesses nacionais da Noruega e as vantagens comparativas não dão suporte aos mísseis mais avançados e mortíferos. A nossa vantagem assenta no papel de estabelecedor de pontes e aliado modelo quanto aos esforços a favor do diálogo, distensão e desarmamento", salientou o professor.

De acordo com a emissora NRK, a colaboração entre os EUA e o Ministério da Defesa da Noruega já dura secretamente cinco anos para desenvolvimento do míssil THOR-ER, que é capaz de alcançar velocidades cinco vezes superiores à velocidade do som.

Em contrapartida, o ministro da Defesa norueguês, Frank Bakke-Jensen, não tem dúvidas quanto à cooperação no campo dos mísseis com os EUA.

"Uma tecnologia como essa poderia ajudar a fortalecer a defesa da Noruega em autodefesa contra ameaças aéreas cada vez maiores e ser um importante aliado para a OTAN", declarou o ministro norueguês.

Anteriormente, a Sexta Frota da Marinha dos EUA realizou exercícios navais bilaterais com Reino Unido no mar da Noruega. Além dos navios de treinamentos, os exercícios contaram com participação de avião de patrulhamento antissubmarino P-8A Poseidon e 1.200 marinheiros.

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