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'Lockdown' é a 'medida correta' para a saúde pública, diz virologista da UFRJ

© REUTERS / Roosevelt CassioPessoas fazem fila em frente à agência da Caixa Econômica Federal para receber auxílio emergencial, em Jacareí, São Paulo, 15 de abril de 2020
Pessoas fazem fila em frente à agência da Caixa Econômica Federal para receber auxílio emergencial, em Jacareí, São Paulo, 15 de abril de 2020 - Sputnik Brasil
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Nesta quarta-feira (6), o Brasil registrou número recorde de mortes em 24 horas causadas pela pandemia: 615 óbitos. O quadro indica que o lockdown (bloqueio total) pode ser necessário, avalia virologista ouvido pela Sputnik Brasil.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país tem 125.218 casos confirmados de COVID-19 e 8.536 óbitos causados pela enfermidade. O recorde anterior de mortes em 24 horas havia sido registrado na terça-feira (5), quando foram contabilizados 600 vítimas fatais

O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que o lockdown poderá ser uma ferramenta para locais com situações críticas e que as medidas irão variar de acordo com cada localidade.

Com o fechamento de vias e regras mais rígidas de distanciamento social, Maranhão, Pará e Ceará já anunciaram medidas de lockdown para tentar contornar os hospitais lotados. No Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) enviou relatório ao Ministério Público do Rio em que recomenda a adoção do lockdown. 

Em entrevista à Sputnik Brasil, o virologista e professor do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Davis Fernandes Ferreira diz que o lockdown é a "medida correta" para a saúde pública.

"Existem muitas pessoas morrendo, um grande número de pessoas indo a óbito e os hospitais ficando exacerbados e não podendo atender todas as pessoas", avalia Ferreira. 

O professor da UFRJ esclarece que com menos pessoas nas ruas, a taxa de contágio diminui e isso significa um "alívio" para os hospitais. "Quanto mais a gente se desloca, maior é a chance de se infectar", afirma. 

"Como estamos no olho desse furacão, cuidado excessivo é bom", afirma Ferreira.

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