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IBGE: produção industrial no Brasil cai 9,1% em março

© Folhapress / Rodrigo PaivaMáquinas na linha de produção da fábrica de veículos da Ford em São Bernardo do Campo (SP)
Máquinas na linha de produção da fábrica de veículos da Ford em São Bernardo do Campo (SP) - Sputnik Brasil
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Em março de 2020, a produção industrial recuou 9,1% frente a de fevereiro de 2020, informou nesta terça-feira (5) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esta é a queda mais acentuada desde maio de 2018 (11 %), refletindo os efeitos do isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19. Os dados foram publicados neste terça-feira (5) pelo IBGE em sua Pesquisa Industrial Mensal (PIM).

Em relação a março de 2019 (série sem ajuste sazonal), a indústria recuou 3,8%, quinto resultado negativo seguido nessa comparação. A indústria acumulou redução de 1,7% no ano. No acumulado em 12 meses, a indústria recuou 1,0%.

A redução de 9,1% na passagem de fevereiro para março de 2020 foi a mais acentuada e levou a produção industrial ao nível próximo ao de agosto de 2003, ficando 24,0% abaixo do ponto recorde de maio de 2011.

Esse resultado se refletiu na expansão do conjunto de segmentos com taxas negativas, evidenciando o aprofundamento das paralisações em diversas plantas industriais, devido ao isolamento social por conta da pandemia da COVID-19.

"Esse impacto da pandemia fica evidenciado quando se compara com o mês de fevereiro, já que a taxa é fortemente negativa e representa a queda mais intensa desde maio de 2018, quando houve a greve dos caminhoneiros. E não apenas pela magnitude da taxa, mas também pelo alargamento por diversas atividades, incluindo todas as quatro categorias econômicas e 23 das 26 atividades pesquisadas", afirmou o pesquisador do IBGE André Macedo.

A produção recuou em todas as categorias econômicas e em 23 dos 26 ramos pesquisados, segundo o estudo.

Entre as atividades, a influência negativa mais relevante foi em veículos automotores, reboques e carrocerias (-28,0%), pressionada pelas paralisações/interrupções da produção em várias unidades produtivas.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-37,8%), de bebidas (-19,4%), de couro, artigos para viagem e calçados (-31,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-12,5%), de máquinas e equipamentos (-9,1%), de produtos de minerais não-metálicos (-11,9%), de produtos têxteis (-20,0%), de móveis (-27,2%), de outros produtos químicos (-4,7%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,9%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,6%), de produtos de metal (-7,5%), de produtos de madeira (-16,1%), de metalurgia (-3,4%), de indústrias extrativas (-1,6%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,2%).

Por outro lado, os ramos de impressão e reprodução de gravações (8,4%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (0,7%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (0,3%) assinalaram os avanços na produção nesse mês, mantendo o comportamento positivo observado em fevereiro.

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