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Ramagem foi impedido de tomar posse por uma decisão monocrática, diz Bolsonaro

© Foto / Marcos Corrêa/Divulgação/Palácio do PlanaltoPresidente da República Jair Bolsonaro, durante coletiva de imprensa.
Presidente da República Jair Bolsonaro, durante coletiva de imprensa. - Sputnik Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro participou nesta quarta-feira (29) das posses de André Mendonça como ministro da Justiça e Segurança Pública e de José Levi como advogado-geral da União.

Durante a sua fala, Bolsonaro enalteceu o trabalho dos nomeados e voltou a falar sobre o fato de André Mendonça ser também pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília.

"Fui criado no Vale do Ribeira, o André Mendonça também é de lá. Temos um pequeno grande homem de lá. Um cérebro invejável. Depois da Damares [Alves, ministra da Mulher e Direitos Humanos], um terrivelmente evangélico", disse o presidente.

Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal (PF). Bolsonaro acatou a decisão e cancelou, por ora, a nomeação de Ramagem.

O presidente aproveitou a cerimônia de posse dos novos ministros para criticar a decisão de Moraes, classificando a medida de "monocrática".

"Respeito o Judiciário. Respeito suas decisões, mas com toda certeza, antes de tudo, respeitamos a Constituição. O senhor Ramagem, que tomaria posse hoje, foi impedido por uma decisão monocrática de um ministro do Supremo Tribunal Federal", disse o presidente.

Em seguida, Bolsonaro disse esperar que Alexandre Ramagem assuma o cargo de diretor-geral da Polícia Federal em breve.

"[Ramagem] é uma pessoa que conheci no primeiro dia após o fim do segundo turno. Foi escolhido pela PF do governo anterior como um homem de elite, um homem honrado, com vasto conhecido, um homem à altura de ser o chefe da segurança do chefe da Presidência da República. Creio esta ser uma posição honrada para o senhor Ramagem. E eu gostaria de honrá-lo hoje dando-lhe posse. Esse sonho meu, mais dele, brevemente se concretizará para o bem da nossa PF e do nosso Brasil", afirmou o presidente.

Novo ministro chama Bolsonaro de 'profeta'

Ao tomar posse, André Mendonça fez elogios a Jair Bolsonaro e disse que o presidente é um "profeta".

"Combate irrestrito à criminalidade. Há mais de uma década tenho me dedicado, na prática e na teoria, ao combate à corrupção. Presidente, o senhor tem sido, há 30 anos, um profeta no combate à criminalidade", disse Mendonça.

O novo ministro disse que o Brasil vive um "momento difícil na história" e prometeu "atuação técnica, imparcial e sempre disposta a prestar contas não só ao chefe da nação, mas a todo o povo".

"Cobre de nós mais operações da Polícia Federal, presidente", afirmou o novo ministro.

André Mendonça assume após acusações de Moro

André Mendonça assume a pasta da Justiça e Segurança Pública no lugar de Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato e que pediu demissão na semana passada fazendo acusações de que Bolsonaro queria interferir politicamente na Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Ao suspender a nomeação de Ramagem, Moraes citou as alegações de Moro e afirmou que há indício de desvio de finalidade na escolha do novo diretor da PF.

José Levi ocupa agora o cargo que era de André Mendonça. Levi era o procurador-geral da Fazenda Nacional desde o início do governo Bolsonaro. O órgão é vinculado ao Ministério da Economia e também faz parte da estrutura da Advocacia-Geral da União (AGU).

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