Análise: COVID-19 não alterará luta global por poder, mas espera-se queda no comércio de armas

© Sputnik / Sergei Mamontov / Acessar o banco de imagensVisitantes conferem miniaturas dos aviões russos no stand da Força Aeroespacial da Rússia, durante o Salão Aeroespacial Dubai Airshow 2017, nos EAU
Visitantes conferem miniaturas dos aviões russos no stand da Força Aeroespacial da Rússia, durante o Salão Aeroespacial Dubai Airshow 2017, nos EAU - Sputnik Brasil
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Conforme a COVID-19 expõe a falta de preparo de muitos países para eventuais crises globais de saúde, líderes políticos podem investir menos na compra de armas ao longo dos próximos anos.

Após o recorde de gastos globais com defesa de US$ 1,9 trilhão (R$ 10,44 trilhões), analistas e autoridades governamentais indicam que o coronavírus forçará governos a reajustarem suas prioridades.

"Já existe uma redução de 20% nos orçamentos de defesa [da Índia] no primeiro quadrimestre, que pode aumentar ao longo dos próximos quadrimestres. A prioridade governamental passará por grandes mudanças [...]. Isso não se limita a este ano [...]. A saúde receberá prioridade [...]. A defesa será fortemente impactada", afirmou um especialista do governo indiano à Sputnik Internacional.

A Coreia do Sul e Tailândia foram os primeiros países a anunciar cortes nos gastos militares como resultado da pandemia do coronavírus, o que impactaria os planos de modernização das Forças Armadas sul-coreanas e tailandesas.

A Coreia do Sul divulgou que reduziria o orçamento de defesa em 2%, em US$ 738 milhões (R$ 4 bilhões) e a Tailândia em 8%, em US$ 557 milhões (R$ 3 bilhões). Os dois países asiáticos reconduziram os valores poupados para um fundo de ajuda e um pacote de estímulos, respectivamente.

Outro impacto esperado pela diminuição do comércio internacional é o fortalecimento das indústrias nacionais de armamentos, como pode se observar na Índia.

"A COVID-19 não diferencia as bases da política do poder global, em que os interesses nacionais são aprimorados e resguardados por um forte sistema nacional de segurança, o que, em troca, requer depender quase exclusivamente de fontes locais – nosso próprio capital, talento, indústria e mercado", afirmou Bharat Karnad, ex-membro do Conselho Nacional de Segurança da Índia e professor de Estudos Estratégicos de Segurança no Centro para Pesquisa sobre Política, em entrevista à Sputnik Internacional.

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