COVID-19: após cortes dos EUA à OMS, Lavrov critica países que querem 'se promover' na crise

© AP Photo / Alexander ZemlianichenkoMinistro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sorri durante reunião em Moscou (foto de arquivo)
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sorri durante reunião em Moscou (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, defendeu a Organização Mundial da Saúde contra as alegações de que a OMS seria a culpada pelo desenvolvimento e avanço da pandemia do novo coronavírus.

Durante uma conferência online com os alunos, Lavrov classificou as tentativas de culpar a OMS de "contraproducentes e injustas", acrescentando que ele acredita que a organização agiu "profissionalmente" em todas as etapas da crise.

Saudando os esforços de organizações internacionais, incluindo a ONU, Lavrov alertou os governos contra o uso de momentos de profunda crise como essa pandemia para promover seus próprios interesses.

O ministro russo sugeriu que agora não é o momento de "acertar as contas" porque essas ações prejudicam os mais vulneráveis.

"É paradoxal que os países que se consideram na vanguarda da proteção dos direitos humanos e da difusão de valores democráticos continuem usando instrumentos ilegítimos, como as chamadas sanções, adotadas ao contornar o [Conselho de Segurança da ONU], na tentativa de politizar a ajuda humanitária no contexto da essa pandemia […]", disse.

As declarações de Lavrov vêm depois do conflito dos EUA com a OMS após a decisão de Donald Trump de retirar o financiamento dos EUA da organização. Trump acusou a OMS de "administrar gravemente mal e encobrir a disseminação do coronavírus" e retirou fundos por tempo indeterminado.

A OMS respondeu a essas acusações dizendo que revisaria suas atuais capacidades de financiamento e trabalharia com parceiros para preencher as lacunas financeiras para garantir que o trabalho da agência continue ininterrupto.

"Por enquanto, nosso foco, meu foco, é parar o vírus e salvar vidas", explicou o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus. "A OMS está dando continuidade ao trabalho".
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