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Aumento do uso do comércio eletrônico no Brasil traz uma mudança de paradigmas, diz psicólogo

© Folhapress / Futura PressTrabalho informal: entregador em rua de Campinas vazia diante do coronavírus
Trabalho informal: entregador em rua de Campinas vazia diante do coronavírus - Sputnik Brasil
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Um levantamento feito pela empresa de pesquisa de mercado Compre&Confie mostrou que o faturamento do varejo através do comércio eletrônico aumentou 33% entre 24 de fevereiro, quando foi confirmado o primeiro caso de COVID-19 no Brasil, até o fim de março.

Segundo as informações divulgadas pelo site Valor Investe, com base nos dados da Compre&Confie, o comércio eletrônico vendeu R$ 20,4 bilhões, um crescimento de 26,7% ante igual período de 2019.

Além dos números, o hábito de fazer compras pela Internet durante o período de isolamento social pode trazer mudanças na cultura de consumo no Brasil.

Para o psicólogo clínico, Luiz Ainbinder, a pandemia da COVID-19 trouxe uma mudança de paradigmas para o Brasil.

"A atual situação vai levar a uma mudança de paradigmas, muita gente que não comprava on-line passou a comprar e, dessas pessoas, muitas vão gostar de continuar comprando", disse à Sputnik Brasil.

O número de pedidos através do comércio eletrônico no primeiro trimestre deste ano totalizou 49,8 milhões, 32,6% superior aos três primeiros meses do ano passado, conforme os dados da Compre&Confie.

Apesar do aumento, Luiz Ainbinder descartou a possibilidade de o brasileiro estar, de uma maneira geral, desenvolvendo uma compulsão pelo comércio eletrônico.

"A dependência psicológica é uma espécie de vício do qual a pessoa não consegue se separar, seria uma espécie de alcoolismo, uma dependência muito grande, não é isso que ocorre. As pessoas estão fazendo o uso da compra on-line como uma necessidade e não como uma compulsão, por enquanto está assim", afirmou o psicólogo.

Luiz Ainbinder acredita que, na verdade, o que veremos será uma presença cada vez maior do comércio eletrônico na vida dos brasileiros.

"Eu acredito que cada vez mais a vida on-line se perpetue e de certa forma a pandemia foi um grande empurrão nesse processo, as coisas não vão voltar a serem as mesmas, especialmente para o comércio", completou.
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