Dívida pública e déficit orçamentário dos EUA atingirão níveis recordes, prevê Washington Post

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Dívida pública e dívidas de empresas EUA, bem como o déficit orçamentário federal, atingirão níveis recordes em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus, cenário adiantado pelo Washington Post.

Segundo informa em 19 de abril o jornal estadunidense The Washington Post, este é o mais que provável cenário para 2020, precisando que o déficit orçamentário federal crescerá para US$ 4 trilhões (R$ 21,95 trilhões), algo que não acontecia desde 1945.

O jornal alerta ainda que grandes corporações como a ExxonMobil e Walgreens já esgotaram suas linhas de crédito, mas ainda precisam de captar recursos financeiros complementares.

Os empresários enfrentam um dilema: ou falham pagamentos dos empréstimos ou demitem trabalhadores.

Bancos pressionam devedores

Refira-se que os bancos já estão exigindo o reembolso de empréstimos estudantis e a regularização de dívidas de cartões de crédito.

"Deveríamos estar muito preocupados. Estamos falando de um nível de endividamento que não terá certamente paralelo na história moderna […] Estamos definitivamente em um ponto sem retorno", alertou Atif Mian, professor de Economia da Universidade de Princeton, Nova Jersey, citado pelo jornal.

Incentivos à economia

Como medida de apoio e incentivo à economia, a Reserva Federal dos EUA já baixou a taxa de juros para zero e adicionou US$ 2 trilhões (R$ 10,48 trilhões) à sua carteira de empréstimos só nas últimas seis semanas, o mesmo valor que tinha sido adicionado durante os quatro anos subsequentes à Grande Depressão, iniciada em 1929.

Segundo The Washington Post, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, tinha dito anteriormente que o governo não se deveria coibir de injetar diretamente dinheiro na economia, para apoiar as empresas que estão sofrendo perdas devido às políticas para debelar a pandemia.

"As taxas de juros estão incrivelmente baixas, pelo que agora é muito barato pedir dinheiro emprestado", afirmou ele à mídia. "Mais tarde, retificaremos o déficit. Agora não é o momento para nos preocuparmos com isso", afirmou Mnuchin, citado por The Washington Post.

Ainda segundo o jornal, alguns especialistas defendem que são necessárias medidas ainda mais ousadas para salvar a economia. O economista Joseph Stiglitz, vencedor do Prêmio Nobel, diz que o governo deve garantir o salário dos trabalhadores e proibir despejos ou execuções de hipotecas.

Já Larry Fink, chefe executivo da BlackRock, uma empresa de investimentos sediada em Nova York, afirmou na semana passada que poderia ser necessário facultar às pequenas empresas US$ 1 trilhão (R$ 5,28 trilhões) adicionais.

Cenário de recessão

Segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional, o PIB dos EUA cairá 5,9% até ao final deste ano, enquanto se prevê um forte colapso trimestral que, segundo estimativas do JP Morgan, atingirá os 40%, refere o jornal.

Uma recessão severa poderia levar a taxa de desemprego para 30% e a um cenário de inadimplência em um terço das hipotecas, o que conduziria a 1,5 mais execuções de hipotecas que as ocorridas após o colapso de 2008, conclui The Washington Post.

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