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Economista: Brasil endividado junto ao FMI para combater coronavírus 'não seria uma boa'

© REUTERS / Ueslei MarcelinoHomem passa por tela LED ao ar livre durante pandemia de coronavírus em Brasília, Brasil, 24 de março de 2020
Homem passa por tela LED ao ar livre durante pandemia de coronavírus em Brasília, Brasil, 24 de março de 2020 - Sputnik Brasil
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Para professor de Finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Josilmar Cordenonssi, o Brasil teria condições de combater uma recessão com recursos próprios.

O governo brasileiro recebeu na sexta-feira um aporte de US$ 1,3 milhão (R$ 6,7 milhões) do Fundo de Desenvolvimento do Mercosul, verba destinada ao combate ao coronavírus. O banco do BRICS, por sua vez, ofereceu linha de crédito de US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) para ajudar na luta contra a pandemia.

O que o valor representaria, do ponto de vista financeiro, para o combate à pandemia?

Para Josilmar Cordenonssi, professor de Finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a linha de crédito oferecida pelo NBD tem um valor simbólico para o Brasil, considerando as reservas do país que superam a cifra de US$ 370 bilhões (R$1,9 trilhões).

"É um montante relativamente pequeno, mas pode ser uma alternativa para os governos subnacionais, estados e municípios, que precisarem acessar algum crédito extra", disse Cordenonssi para agência Sputnik Brasil.

Ele destacou que já está sendo tramitado na Câmara dos Deputados o Plano Mansueto, que vai flexibilizar o acesso de estados e municípios a mais créditos para combater o coronavírus.

Quanto ao apoio internacional no combate ao coronavírus, o especialista avalia que o Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá entrar em campo como um dos atores de peso.

"O tamanho da ajuda do FMI aos países emergentes deve ser bastante grande. Ao mesmo tempo, os países [que solicitaram apoio] são relativamente pequenos. No conjunto, o valor deve chegar a US$ 1 trilhão (R$ 5,3 trilhões) para poder combater os efeitos do coronavírus nesses países, mas isso, por enquanto, é um chute", ponderou o economista.

No caso do Brasil, no entanto, se endividar junto ao FMI "não seria uma boa opção neste momento", alerta o entrevistado.

"Significaria que o Brasil falhou em todas as reformas que fizemos. Não estamos em posição de pedir socorro ao FMI. O Brasil tem recursos suficientes e estamos tendo como combater a recessão somente com os recursos captados no mercado interno mesmo. Eu acho que o Brasil tem condições de combater essa crise sem recorrer a nenhum organismo internacional", concluiu Cordenonssi.

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