Poderia Triângulo do Alasca ser mais perigoso que o famoso Triângulo das Bermudas?

© AP Photo / Becky BohrerMontanhas cobertas de neve atrás da geleira Mendenhall, em Juneau (Alasca), 15 de fevereiro de 2016
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Segundo a The Atlantic, milhares de pessoas desaparecem todos os anos no estado norte-americano do Alasca. As razões variam desde desaparecimento em escombros a lendas como a do Pé Grande.

Entre as muitas histórias, que vão além da compreensão humana, está a história do Triângulo das Bermudas, onde aviões e navios desapareceram sem deixar rastro. Contudo, estas lendas não se comparam ao número de pessoas desaparecidas anualmente em uma zona selvagem do estado do Alasca, EUA, conhecida como o Triângulo do Alasca.

No Alasca, 3.000 pessoas desaparecem todos os anos sem deixar rastro, segundo a revista The Atlantic. A maioria delas desaparece na região do chamado Triângulo do Alasca.

Desde 1988, houve mais de 16.000 desaparecimentos na zona que forma o misterioso triângulo, entre as regiões de Utkiagaviq (também conhecida como Barrow), Anchorage, e Juneau, a capital do Alasca.

O Alasca tem quase 640 quilômetros de cordilheira, 12.000 rios e mais de três milhões de lagos, pelo que sua geografia é suficientemente imponente para se perder no meio do nada. Também seria uma história digna da pluma de H.P. Lovecraft, como "Nas Montanhas da Loucura" ("At the Mountains of Madness"), onde um grupo de cientistas sai para explorar uma área inexplorada da Antártica, mas se perde pelo caminho em circunstâncias misteriosas.

Desaparecimentos sem solução

Em 1972, a área do misterioso Triângulo do Alasca despertou a curiosidade do mundo depois do desaparecimento de um avião Cessna que transportava políticos norte-americanos na cidade de Anchorage. As vítimas foram Thomas Hale Boggs, líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, e Nick Begich, congressista do Alasca.

O governo dos EUA levou a cabo uma operação de 39 dias em busca dos políticos, utilizando 40 aviões militares e 50 aviões civis; no entanto, nunca encontraram destroços, escombros ou cadáveres.

Alasca continuou acumulando milhares de casos de desaparecimentos sem solução. Exemplo disso são as histórias descritas pelo jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer de 1997, Alex Tizon, em seu artigo na The Atlantic, sobre dois jovens que desapareceram de forma inexplicável.

O primeiro é Rick Hills, que desapareceu em fevereiro de 2004, aos 35 anos, quando ia buscar um cheque em Anchorage. O outro caso é o de Richard Bennet, 39 anos, que desapareceu perto da mesma cidade em 2005; no entanto, os restos mortais de Richard foram aparentemente encontrados.

© Foto / Domínio público da WikipediaCratera de Katmai (Alasca)
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Cratera de Katmai (Alasca)

Até o gelo e a neve podem apagar os últimos vestígios de uma pessoa, pois há constantes deslizamentos de terra, glaciares rachados, rios transbordando e encostas perigosas. Todos esses fenômenos fazem com que qualquer explorador experiente ou inexperiente possa derrapar, cair e desaparecer com facilidade.

No entanto, o mistério das pessoas que são engolidas pela terra e que tornaram este local conhecido pelos próprios habitantes como "o meio do nada", não é resolvido com simples descrições de uma geografia difícil. Também não existe qualquer explicação para o desaparecimento de aeronaves.

De acordo com a revista Curiosity, entre estas misteriosas perdas estão as de um avião militar com 44 passageiros em 1950, e o bimotor Cessna 340 com cinco passageiros em 1990. Por outras palavras, não há nada que explique o fenômeno do triângulo escaleno. Devido à desigualdade dos seus lados, parece poder desaparecer qualquer pessoa que pise nas suas profundezas.

O mito de Kushtaka

Tal como "Nas Montanhas da Loucura", em que os viajantes desaparecem misteriosamente como se tivessem sido devorados por criaturas estranhas, no Alasca há uma miríade de lendas sobre animais humanizados que perseguem os viajantes. Estes animais, como contam os nativos, desfazem os humanos em pedaços.

Para acrescentar ao mistério destes estranhos desaparecimentos, algumas pessoas remetem para o mito referido pelo escritor Dennis Weller no seu livro, "Em Busca do Kushtaka, o Pé Grande do Alasca: o Homem-Lontra dos Índios Tligit" ("In Search of the Kushtaka, the Big Foot of Alaska: the Man-Otter of the Tligit Indians"), no qual ele diz que o chamado Pé Grande do Alasca vagueia normalmente pelas montanhas frias com a intenção de levar os viajantes para acabar com eles ou transformá-los em outro Kushtaka.

Também há outra explicação, que diz que os glaciares são enganadores e parecem sólidos, mas na realidade têm fendas profundas onde qualquer avião ou humano pode desaparecer, então o grande segredo do Triângulo do Alasca pode significar que tudo está enterrado na natureza.

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