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Governo perdeu timing para reagir aos efeitos da crise do coronavírus na economia?

© Folhapress / Claudio ReisPresidente Jair Bolsonaro e ministros do governo dão entrevista coletiva sobre coronavírus
Presidente Jair Bolsonaro e ministros do governo dão entrevista coletiva sobre coronavírus - Sputnik Brasil
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A equipe do governo federal vem enfrentando várias críticas quanto ao tempo de reação para propor medidas contra os efeitos da crise econômica provocada pelo coronavírus. O economista Gil Castello Branco concorda com as reclamações.

Na terceira semana de quarentena, por exemplo, ainda não há prazo para o pagamento de auxílio aos trabalhadores informais. O governo demorou para tomar medidas de amparo econômico à população? Gil Castello Branco, fundador e secretário-executivo da ONG Contas Abertas, acredita que sim.

Para o economista, o governo demorou a perceber a gravidade do problema e o impacto em muitos setores da sociedade brasileira.

"Demorou um pouco no desenho dessas medidas, demorou inclusive na necessidade de encontrar um amparo legal para que o governo pudesse operacionalizar essas medidas e tem demorado inclusive para que essa operacionalização seja colocada em prática", disse Castello Branco à Sputnik Brasil.

Essa demora provoca uma série de problemas para uma grande parcela da população.

"Temos 11,9 milhões de desempregados. Temos 4,7 milhões de desalentados, pessoas que não procuram mais emprego [...] temos ainda 38 milhões de [trabalhadores] informais [...] temos 19 milhões de empregados que trabalham por conta própria, gerindo uma pequena ou média empresa, e temos 100 mil pessoas que moram nas ruas", alertou o entrevistado.

O acadêmico lembrou que muitos dessa parcela da população estão cobertos pela Bolsa Família, mas alguns não. "E há uma dificuldade grande do governo inclusive em localizar essas pessoas", acrescentou.

"Tenho impressão que o governo hesitou no que iria fazer. Assim como outras medidas, a decisão demorou a ser desenhada e viabilizada sob o aspecto legal e também demora a ser implementada. O que temos até agora é uma medida provisória no valor lançado no orçamento de R$ 51,6 bilhões que serão destinados a essa finalidade", concluiu.
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