Mortos pela COVID-19 no Irã ultrapassam os 3.000 e presidente culpa os EUA

© Sputnik / Sergei Guneev / Acessar o banco de imagensPresidente iraniano Hassan Rouhani
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O número de mortos pelo novo coronavírus no Irã passou de 3 mil, disse o Ministério da Saúde nesta quarta-feira, quando o presidente Hassan Rouhani acusou os EUA de perderem uma "oportunidade histórica" de suspender as sanções.

As tensões entre os arqui-inimigos aumentaram desde que o presidente estadunidense Donald Trump abandonou o acordo nuclear histórico em 2018, reimpondo sanções abrangentes.

Teerã pediu repetidamente a Washington que reverta sua política, a qual tem sido contestada pelos aliados dos EUA, principalmente desde o início da pandemia da COVID-19.

O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianoush Jahanpour, afirmou que o número de mortos por coronavírus no Irã agora é de 3.036, após 138 novas mortes nas últimas 24 horas.

Ele acrescentou que 2.987 novos casos foram confirmados, elevando o total para 47.593, com 15.473 daqueles hospitalizados tendo se recuperado e recebido alta.

"Esta foi a melhor e histórica oportunidade para os americanos reverterem seu caminho errado e, pela primeira vez, dizerem à nação que não são contra o povo iraniano", declarou Rouhani em comentários televisionados em uma reunião do gabinete.
© AP Photo / Ebrahim NorooziComo medida de prevenção contra o coronavírus, funcionários desinfetam metrô da capital do Irã
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Como medida de prevenção contra o coronavírus, funcionários desinfetam metrô da capital do Irã

"Não aprenderam a lição nem durante essa difícil situação global. Era uma questão humanitária. Ninguém os culparia por recuar", acrescentou.

Medicamentos e equipamentos médicos estão tecnicamente isentos das sanções dos EUA, mas as compras são frequentemente bloqueadas pela falta de vontade dos bancos em processar as compras por medo de incorrer em grandes multas nos Estados Unidos.

Países como Azerbaijão, Reino Unido, China, França, Alemanha, Japão, Qatar, Rússia, Turquia e Emirados Árabes Unidos enviaram remessas de assistência médica ao Irã.

Os países europeus também entregaram produtos médicos ao Irã na primeira transação sob o mecanismo de financiamento do INSTEX, criado para contornar as sanções dos EUA, informou a Alemanha na terça-feira.

Faz mais de um ano que o Reino Unido, a França e a Alemanha anunciaram a criação do INSTEX, um atraso que levou o Irã a questionar o compromisso dos governos europeus de superá-lo, desafiando o governo Trump.

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