Caracas rejeita plano dos EUA de estabelecer governo interino na Venezuela

© REUTERS / Carlos Garcia RawlinsJorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, em 12 de agosto de 2017
Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, em 12 de agosto de 2017 - Sputnik Brasil
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O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, rejeitou firmemente o plano de solução de crises para a Venezuela apresentado por Washington, prevendo a criação de um governo interino e eleições no próximo ano.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse no início do dia que um governo provisório poderia ser estabelecido na Venezuela, composto por membros da Assembleia Nacional e aceito tanto pela atual administração quanto pela oposição. Esse novo governo de transição poderia servir até as próximas eleições, de acordo com Pompeo, que também disse que os EUA retirariam suas sanções se as condições desse plano fossem cumpridas. 

​Diante da pretensão do Departamento de Estado dos EUA de impor em nosso país uma pseudo-proposta intervencionista de governo tutelado, o governo bolivariano reitera que a Venezuela não aceita nem aceitará jamais qualquer tutela, de nenhum governo estrangeiro.

Mais cedo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que seu governo não se sentiria intimidado com as ameaças de Washington após os EUA o acusarem de narcoterrorismo e oferecerem uma recompensa milionária por sua captura. Segundo o chefe de Estado, os norte-americanos conhecerão os planos da fúria bolivariana no caso de qualquer agressão imperialista à Venezuela. 

Hoje, os EUA apresentaram uma estrutura para uma transição democrática como um caminho claro, equitativo e de senso comum para acabar com a crise política na Venezuela. A pressão econômica continuará até Maduro aceitar uma genuína transição democrática.​

No último final de semana, o líder opositor Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela e apoiado pela Casa Branca, já havia defendido a formação de um governo emergencial em seu país para lidar com a crise provocada pela pandemia da COVID-19, prometendo adquirir empréstimos bilionários no exterior caso Maduro deixasse o cargo.

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