'Não é momento para guerra política', diz líder do Irã sobre sanções dos EUA em meio à COVID-19

© REUTERS / Presidência do IrãPresidente iraniano, Hassan Rouhani, discursa sobre o coronavírus
Presidente iraniano, Hassan Rouhani, discursa sobre o coronavírus - Sputnik Brasil
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O presidente do Irã afirma que a situação iraniana "é boa" e que o país tem sido gerido "da melhor forma possível" apesar das novas sanções norte-americanas e o novo coronavírus.

Durante uma reunião do gabinete no domingo (29), o presidente iraniano, Hassan Rouhani, denunciou as novas sanções dos EUA contra Teerã em meio à luta do país, juntamente com o resto do mundo, contra a pandemia do coronavírus, causador da doença COVID-19, escreve a imprensa iraniana Press TV.

Na quinta-feira (26), a administração Trump acrescentou cinco organizações, bem como 15 pessoas, às listas de sanções devido a alegados laços com a Força Quds do Irã, estando Teerã pedindo que as sanções à sua economia sejam canceladas em meio à pandemia do coronavírus, que atinge o país e o mundo.

O presidente iraniano declarou que a pandemia mortal uniu o povo iraniano e criou confiança mútua com o governo, apesar do sofrimento causado pela doença. Rouhani saudou o tratamento "aceitável" do surto no país, dizendo que a situação no Irã "é boa" em comparação com "a Europa e o Ocidente", embora o país esteja sob pesadas sanções econômicas e comerciais dos EUA.

"Sob sanções temos sido capazes de resistir e gerir o país da melhor forma possível", disse Rouhani.

Ele observou que a saúde e a segurança da sociedade iraniana é um "princípio" para sua administração no momento atual, caracterizando ao mesmo tempo as críticas à resposta de seu governo à pandemia no Oriente Médio como "guerra política".

"Este não é o momento de procurar seguidores", acrescentou o presidente. "Este não é o momento para uma guerra política."

No início do dia, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Javad Zarif, também criticou as sanções "ilegais e imorais" dos EUA contra o Irã.

Os EUA passaram de sabotagem e assassinatos para uma guerra econômica e terrorismo econômico sobre iranianos, para terrorismo médico em meio à COVID-19 no Irã. Isto até "excede o que seria permitido no campo de batalha". Deixem de ajudar crimes de guerra. Deixem de obedecer às sanções imorais e ilegais dos EUA.

Na última segunda-feira (23), vários membros do Congresso dos EUA assinaram uma carta a Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, e a Steven Mnuchin, secretário do Tesouro, pedindo a suspensão das sanções contra o Irã, uma vez que a República Islâmica, tal como os EUA, enfrenta um forte surto de coronavírus.

A Rússia e a China, juntamente com outras nações, pediram constantemente aos EUA que cancelassem as sanções, enviando ajuda humanitária e profissionais médicos ao Irã, em uma tentativa de ajudar o país atingido pelo coronavírus coronário.

Até segunda-feira (30), o Irã registrou 38.309 casos de infecção, e teve 123 novas mortes do novo coronavírus, elevando o número total de mortes no país para 2.640, segundo a Universidade Johns Hopkins norte-americana.

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