Como Hubei está voltando à normalidade com perda de força do coronavírus na China?

© REUTERS / StringerHomem usando máscara protetora em terminal de ônibus na cidade de Wuhan, capital da província chinesa de Hubei, 25 de março de 2020
Homem usando máscara protetora em terminal de ônibus na cidade de Wuhan, capital da província chinesa de Hubei, 25 de março de 2020  - Sputnik Brasil
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A Sputnik entrevistou pessoas na província chinesa para descobrir como a região está reagindo à falta de casos locais, e cada vez mais no país inteiro.

Lentamente, a vida na província chinesa de Hubei, onde o vírus SARS-CoV-2 teve origem, está voltando ao normal. As empresas e lojas estão reabrindo à medida que os moradores locais começam a sair de casa.

Na quarta-feira (25), as autoridades provinciais cancelaram restrições ao fluxo de pessoas nas 16 cidades e distritos de Hubei. Em Wuhan, o epicentro da epidemia, a quarentena será cancelada em 8 de abril. Um correspondente da Sputnik China falou com funcionários e residentes locais para saber como Hubei está voltando às atividades diárias.

A diretora Yu, que preferiu deixar seu verdadeiro nome anônimo, compartilhou a boa notícia com a Sputnik: sua empresa em Wuhan recebeu permissão para retomar gradualmente a produção.

"Várias atividades relacionadas com a investigação não podiam ser realizadas de casa. Portanto, a principal tarefa da nossa empresa era resolver os problemas de produção e de pesquisa, uma vez reiniciado o trabalho", disse.

Como a epidemia afetou a cobertura do negócio e o plano de abastecimento aos clientes, a empresa tentou organizar o trabalho à distância desde 3 de fevereiro de tal forma que pudesse ser rapidamente retomado ao normal após o final da quarentena.

"Nas fases iniciais da epidemia, percebemos que, em vez de nos queixarmos, poderíamos continuar trabalhando remotamente. Por exemplo, poderíamos fazer pesquisas de mercado e fazer vendas na Internet ou por telefone", relatou.

De casa, os funcionários da empresa prepararam um plano de trabalho para março e abril, enquanto a gerência tratou de questões gerenciais e analisou documentos em busca de falhas.

© REUTERS / Aly SongVendedor de legumes em meio a chuva em Jingzhou, China, depois do alívio da quarentena
Como Hubei está voltando à normalidade com perda de força do coronavírus na China? - Sputnik Brasil
Vendedor de legumes em meio a chuva em Jingzhou, China, depois do alívio da quarentena

Yu acrescentou que a empresa poderá recuperar totalmente a produção em apenas meio mês, pois vários trabalhadores ainda estão em casa com seus filhos porque as escolas ainda não foram reabertas.

Mais exemplos

A Sputnik também falou com vários funcionários de escritório que disseram que sua vida voltou em grande parte ao normal, e que pretendem regressar às cidades onde trabalham.

"Em Shiyan [cidade no noroeste da província], quase todas as empresas estão trabalhando como antes. Apenas as instalações, onde muitas pessoas se reúnem como bares, ainda não estão abertas. As cafeterias ou restaurantes funcionam, mas só vendem comida e bebidas para levar."

"Eles cancelaram a quarentena nas áreas residenciais, as pessoas começaram a trabalhar. Só as instituições educacionais permanecem fechadas", disse Zhang, um residente provincial que trabalha em outra cidade e planeja voltar para lá porque as estradas já estão abertas.

China e a epidemia

Todas as saídas e entradas de pessoas em Hubei foram fechadas no dia 23 de janeiro. Dois meses mais tarde, a China anunciou que quase tinha ganhado a luta contra a epidemia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o país asiático como tendo travado a batalha mais destemida, flexível e ativa contra uma epidemia da história, disse Ding Xiangyang, secretário-geral adjunto do Conselho de Estado da China, durante uma coletiva de imprensa.

Na quinta-feira (26) a China registou apenas cerca de 121 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, enquanto a Itália contabilizou mais 6.153, os Estados Unidos mais 7.454 e Espanha outros 6.682. Mais de 81.000 pessoas no país asiático foram infectadas pelo SARS-CoV-2 desde o início do surto.

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