Japão desenvolverá armas hipersônicas

© Foto / Ministério da Defesa do JapãoDesign conceitual do futuro caça F-X da Força Aérea de Autodefesa do Japão
Design conceitual do futuro caça F-X da Força Aérea de Autodefesa do Japão - Sputnik Brasil
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O Ministério da Defesa do Japão apresentou plano para desenvolver armas hipersônicas. Os trabalhos serão focados em duas áreas prioritárias: desenvolvimento de um míssil de cruzeiro hipersônico e de projétil de deslizamento de velocidade hipersônica (HVGP, na sigla em inglês).

De acordo com o cronograma do plano japonês, as armas devem ser colocadas à disposição das Forças de Autodefesa do país a partir de 2030.

Para fornecer apoio aos novos sistemas hipersônicos, o Japão planeja instalar uma rede com sete satélites, desenvolvidos especialmente para o programa.

De acordo com o especialista militar Aleksei Leonkov, o plano japonês para desenvolvimento de armas hipersônicas se assemelha bastante ao norte-americano.

"Tóquio nunca se destacou no desenvolvimento deste tipo de armamento. O cronograma [do programa] está sincronizados com o de Washington. Os especialistas não excluem que Tóquio possa cooperar com Washington para um desenvolvimento mais eficaz de armas hipersônicas", disse o especialista.

Leonkov lembrou que os EUA adotaram um método semelhante para desenvolver o projeto dos caças F-35, conforme reportou a RT.

Conter a China

O documento publicado pelo Ministério da Defesa japonês aponta a necessidade de "defesa das ilhas longínquas do Japão de um eventual ataque" como um dos principais objetivos do projeto.

Mas a mídia local apontou que a principal preocupação de Tóquio é com as manobras realizadas pela Marinha chinesa na região das ilhas contestadas de Senkaku/Diaoyu.

Especialistas apontam que os mísseis hipersônicos japoneses terão como objetivo principal atingir embarcações a grandes distâncias, principalmente porta-aviões.

CC0 / / Ogiva hipersônica, imagem ilustrativa
Japão desenvolverá armas hipersônicas - Sputnik Brasil
Ogiva hipersônica, imagem ilustrativa

Lembramos que, em 2012, a Marinha chinesa comissionou o seu porta-aviões Liaoning. Em 2019, a China começou a operar outro porta-aviões, o Shandong, construído inteiramente em instalações chinesas.

O desenvolvimento de armas hipersônicas daria a Tóquio a capacidade de atacar essas embarcações sem ter que mobilizar a sua Marinha ou Força Aérea na região contestada.

Atualmente Tóquio possui somente mísseis com alcance de cerca de 100 km, enquanto as ilhas contestadas ficam a cerca de 430 km da costa japonesa.

A China já realiza testes de mísseis hipersônicos terra-terra. Os chamados DF-17 foram apresentados ao público pela primeira vez em outubro de 2019, durante as comemorações dos 70 anos da revolução chinesa.

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