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COVID-19 freia crescimento global, mas não atinge projeção do Brasil, aponta OCDE

© AP Photo / François MoriSede da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris, França (foto de arquivo)
Sede da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris, França (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A OCDE divulgou nova revisão em baixa da previsão para o crescimento global em 2020 para 2,4%, em decorrência ao coronavírus.

A revisão intitulada de "Coronavírus: a economia mundial em risco" fornece estimativas sobre o crescimento global e foi publicada nesta segunda-feira (2) pela OCDE.

A China deverá apresentar um crescimento inferior a 5%, enquanto a zona do euro apresentará um crescimento abaixo de 1%. Por sua vez, a projeção econômica do Brasil não foi alterada e o país deve manter o ritmo de crescimento.

O relatório divulgado destacou o sofrimento humano e o distúrbio econômico causados pelo coronavírus. Além disso, a OCDE indica que os distúrbios econômicos na China serão sentidos em todo o mundo, refletindo o importante papel da economia chinesa nos fornecimentos globais, tais como viagens e o mercado de matérias-primas.

Além disso, a OCDE prevê que, caso o surto epidêmico seja contido no primeiro trimestre deste ano, na China e no mundo o crescimento global deverá apresentar uma queda de 0,5 pontos percentuais com relação ao que era previsto em novembro de 2019.

De acordo com o relatório, o país mais afetado pela epidemia do coronavírus foi a China, apresentando um recuo de 0,8 pontos percentuais em relação ao previsto em novembro.

A zona do euro também foi atingida e apresentou um recuo de 0,3 pontos percentuais, o que manterá a região com uma projeção de 0,8% contra 1,1% estimado em novembro de 2019.

Na América do Sul, o Brasil não teve sua projeção alterada, enquanto que a Argentina apresentou um recuo de 0,3 pontos percentuais e deverá ter uma projeção de 2% contra os 2,7% estimados em novembro.

A organização alerta para o risco de a economia global sofrer danos ainda maiores caso a epidemia não seja contida, pois essa situação enfraqueceria consideravelmente as futuras perspectivas, fazendo com que o crescimento global caísse para 1,5% em 2020.

Perante esse cenário, a OCDE pede para que os governos tomem as providências necessárias de forma rápida e sólida, a fim de superar tanto a epidemia quanto o impacto econômico.

Dentre as providências consideradas essenciais para a recuperação do crescimento econômico, está a garantia de medidas eficientes e efetivas de saúde pública a fim de prevenir a infecção e o contágio, bem como a proteção de rendimentos e empresas vulneráveis em meio ao surto epidêmico, sugere a OCDE.

Políticas capazes de ajudar a restaurar a confiança e a recuperação conforme a redução do surto do vírus, bem como ações multilaterais coordenadas a fim de garantir políticas eficazes relacionadas à saúde, contenção, mitigação, suporte a economias de baixo rendimento, também foram citadas no relatório, que ressalta que essas ações seriam efetivas no processo de restauração da confiança do mercado.

A OCDE também cita que uma recuperação gradual, embora modesta, em muitas economias emergentes está prevista para 2020-2021, entretanto isso é algo incerto.

Para que as economias emergentes tenham uma recuperação gradual será preciso contar com um impacto positivo das reformas e apoio à política monetária na Índia e no Brasil, além de políticas bem focadas no México e Turquia para impulsionar um crescimento sustentável.

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