'Ancara já usou quase todos os trunfos': jornalista russo discute retrocessos turcos em Idlib

© Sputnik / Mikhail VoskresenslyCidade síria na província de Idlib, em dezembro de 2019
Cidade síria na província de Idlib, em dezembro de 2019 - Sputnik Brasil
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Yevgeny Poddubny, jornalista militar na Síria, relata a situação militar em Saraqeb, onde militantes do grupo terrorista Tahrir al-Sham atacaram posições sírias.

O maior número de militares turcos está atualmente na área de Saraqeb, na província síria de Idlib, disse o jornalista militar Yevgeny Poddubny.

"A situação mais difícil é na área de Saraqeb. Trata-se de um importante centro rodoviário, o cruzamento da [rodovia] M4 Latakia–Aleppo e a [rodovia] M5 Damasco–Aleppo. É aqui que são travadas as batalhas mais ferozes e onde as Forças Armadas turcas são mais ativas. Também é aqui que Ancara tem as maiores perdas", disse.

O jornalista observou que os militares turcos operavam dentro das posições de combate do grupo terrorista Tahrir al-Sham, anteriormente conhecido como Frente al-Nusra (organização proibida na Rússia e em outros países), e não informaram o Centro Russo de Reconciliação para a Síria. Foi por esta razão que os militares sírios os atacaram, esperando atingir os terroristas e não os soldados turcos.

Por outro lado, notou Poddubny, o Exército sírio "pode ainda surpreender", pois "Ancara já usou quase todos os trunfos". Ele lembrou que a Síria abateu vários drones turcos apenas nos últimos dois dias, mas os militantes têm identificado seus destroços como drones sírios.

"Mesmo o símbolo da Força Aérea da Turquia na asa não os convence [os militantes]. E isto mal começou. Se os drones começarem caindo em massa, e é mais provável que aconteça, isso irá, para não dizer pior, tirar o exército que não lutou e os terroristas da zona de conforto", concluiu o jornalista.

Operações em Idlib

A situação em Idlib foi exacerbada por o grupo terrorista Tahrir al-Sham ter lançado uma ofensiva em larga escala às posições do exército sírio na quinta-feira (27). As forças governamentais da Síria abriram fogo de resposta. Segundo o Ministério da Defesa russo, além dos militantes, também os militares turcos, que não deveriam estar lá, foram alvejados.

Como resultado do incidente, 36 soldados turcos foram mortos e mais de 30 ficaram feridos. Ao mesmo tempo, o lado russo tomou medidas para um cessar-fogo completo do lado sírio e garantiu a evacuação dos mortos e feridos para o território turco.

A defesa antiaérea síria estava anteriormente disparando contra drones perto da cidade de Hama.

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