Justiça do Peru rejeita pedido para tornar brigas de galo e touradas ilegais

© REUTERS / Jon NazcaToureiro peruano, Andres Roca Rey, em uma tourada em Málaga, Espanha
Toureiro peruano, Andres Roca Rey, em uma tourada em Málaga, Espanha - Sputnik Brasil
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A Justiça do Peru rejeitou nesta terça-feira (25) uma ação movida por organizações defensoras dos direitos dos animais para tornar a briga de galo e as touradas ilegais no país. 

Existem leis no Peru de proteção aos animais, mas as corridas de touros e brigas de galo são permitidas pois são consideradas expressões culturais.

A decisão do Tribunal Constitucional não está sujeita à apelação. A votação terminou quatro a três para que as duas atividades permanecessem autorizadas. A petição, enviada em 2018 para o tribunal, foi assinada por mais de 5 mil pessoas. 

"A lei não recebeu os votos necessários para que fossem declaradas inconstitucionais", disse a presidente da Corte, Marianella Ledesma, segundo publicado pela agência AFP. A magistrada votou contra as touradas e rinhas de galo. 

 A ação pedia o fim de "todas as apresentações cruéis que usam animais". 

O juiz Carlos Ramos, no entanto, argumentou que "não há declaração universal dos direitos dos animais adotadas nem pelas Nações Unidas nem pela Unesco". 

Mais arenas de touro do que estádios

Para se tornar ilegais, seriam necessários cinco votos. As duas práticas são populares no Peru desde a colonização espanhola. Para se ter uma ideia, o país têm mais arenas de corridas de touro do que estádios de futebol. A arena de Rimac, na província de Lima, construída em 1766, é uma das mais antigas do mundo.

Trazidas pelos espanhóis, as touradas e brigas de galo se espalharam por vários países da América Latina. Porém, com o passar dos anos, foram proibidas em vários locais, como em alguns estados do México, no Chile e regiões da própria Espanha. 

No Brasil, as touradas foram pouco adotadas, mas as rinhas de galo eram comuns. Em 1934, um decreto determinou que promover lutas entre animais era proibido. Em 1961, outro decreto proibiu especificamente as rinhas de galo. A prática é considerada crime, mas até hoje existe na clandestinidade. 

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