Uma equipe médica do Hospital Popular da Universidade de Zhengzhou, em Henan, na China, analisou o caso de uma mulher de 20 anos de Wuhan (local do epicentro do surto) que viajou para a cidade chinesa de Anyang no dia 10 de janeiro para visitar parentes e, apesar de não ter sintomas do coronavírus, transmitiu a doença para cinco pessoas, informou a Reuters.
Quando os parentes começaram a ficar doentes, os médicos isolaram a mulher e a testaram para o coronavírus. Inicialmente, a jovem deu negativo para o vírus, mas um teste de acompanhamento foi positivo.
Segundo a mídia, os cinco parentes desenvolveram pneumonia COVID-19, mas a partir de 11 de fevereiro a mulher ainda não havia desenvolvido nenhum sintoma.
Desafios da doença
Os autores da pesquisa dizem que, se forem relatados novos casos, "a prevenção da infecção pelo COVID-19 pode ser um desafio".
"As questões-chave agora são a frequência com que este tipo de transmissão ocorre e quando, durante o período assintomático, uma pessoa [infectada] testa positivo para o vírus", disse William Schaffner, especialista em doenças infecciosas do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt (EUA).
O estudo do caso foi publicado na sexta-feira (21) na Revista da Associação Médica Americana.
O vírus foi detectado pela primeira vez na cidade de Wuhan, na província chinesa de Hubei, no final de dezembro do ano passado. Desde então, a doença se espalhou para mais de 25 países, infectando mais de 77,6 mil pessoas pelo mundo e deixando mais de 2.360 mortos.