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Desvalorização do real põe em risco competitividade da Argentina

© Marcos Santos/USP Imagens/Fotos PúblicasNotas de reais, a moeda brasileira (foto referencial)
Notas de reais, a moeda brasileira (foto referencial) - Sputnik Brasil
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Queda de 6% do real eleva competitividade do Brasil frente à Argentina no comércio internacional, enquanto acordos comerciais com novos países põem em risco vantagens do país no mercado brasileiro.

Dando continuação à queda frente ao dólar em 2019, o real brasileiro voltou a atingir mínimos históricos diante à moeda americana em 2020.

Com desvalorização acumulada de 6% de sua moeda no início de 2020, o governo brasileiro mantém sua busca pelo aumento das exportações nacionais.

O objetivo não soa estranho, visto que a entrada de divisas estrangeiras e o aumento das exportações trazem benefícios à economia nacional.

Concorrência com a Argentina

Conforme publicou o portal Infobae, a queda do real poderia tornar o Brasil mais competitivo no comércio internacional.

Tal fato aumentaria a concorrência do Brasil com um dos seus parceiros comerciais vitais, a Argentina.

A razão disso seria o fato de que ambos os países vendem produtos semelhantes no mercado internacional: soja, milho, carne e veículos.

Da mesma forma, o índice de Tipo de Câmbio Real bilateral entre o Brasil e Argentina, marcando 118 pontos, é mais baixo e menos competitivo para o país vizinho do que resultados anteriores de 2019.

Ao mesmo tempo, a Argentina registrou uma queda de 8% de suas exportações para o Brasil na comparação entre 2019 e 2018.

Questão alfandegária

Enquanto o Brasil busca acordos de livre comércio com nações estrangeiras e maior inserção no mercado internacional, a posição de grande exportadora da Argentina para o Brasil poderia estar em risco.

De acordo com o diretor da Consultora DNI, o argentino Marcelo Elizondo, o seu país "tem em risco, neste momento, o conforto relativo no acesso ao mercado brasileiro".

A razão disso seria a vantagem do país vizinho de exportar para o Brasil sem barreiras alfandegárias.

"Nossas exportações ao Brasil se beneficiam de 'tarifas zero', mas também das tarifas que pagam os competidores que ingressam ao Brasil a partir de diversos destinos, que veriam as barreiras [alfandegárias] reduzidas em caso de alcançarem [acordos] de tarifas fronteiriças [zero]", declarou.

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