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Sindicalista: demissão de empregados da Petrobras no Paraná é 'balão de ensaio' para o resto do país

© Tânia Rêgo/Agência Brasil/Fotos PúblicasPetrobras mostra recuperação no balanço do segundo semestre
Petrobras mostra recuperação no balanço do segundo semestre - Sputnik Brasil
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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados iniciam a partir deste sábado (1º) uma greve nacional por tempo indeterminado.

A paralisação reivindica a revisão do fechamento da Ansa/Fafen-PR e o cumprimento de cláusulas de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) da Petrobras e suas subsidiárias.

Segundo Deyvid Bacelar, diretor da FUP, fechamento da Fafen-PR vai provocar a demissão de 1.000 pessoas.

"O principal motivo da greve é o processo de fechamento da fábrica de fertilizantes nitrogenados lá do Paraná, que vai gerar a demissão sumária e imediata de 1.000 trabalhadores e trabalhadoras. Isso vai gerar um impacto gigantesco para a economia da cidade de Araucária, na economia da região metropolitana de Curitiba e na do Paraná como um todo", disse em entrevista à Sputnik Brasil.

O fechamento da planta ocorre em meio a um amplo programa de redução de custos e desinvestimentos da Petrobras. Porém, Deyvid Bacelar, disse que, além dos aproximadamente mil empregos diretos, o fechamento da fábrica pode gerar na perda de outros 3 mil empregos indiretos.

"O impacto calculado pelo Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos], além desses 1000 empregos diretos outros 3000 empregos poderão deixar de existir por conta do fechamento da Facen-Paraná" afirmou.

Para Deyvid Bacelar o que está acontecendo no Paraná é uma espécie de 'balão de ensaio' para o que a Petrobras pretende fazer nacionalmente.

"A categoria petroleira está compreendendo que isso é balão de ensaio para ser utilizado em outros ativos e outras empresas do sistema Petrobras aumentando ainda mais o índice de desemprego no Brasil", completou.

O que diz a Petrobras

Em nota enviada à Sputnik Brasil, a Petrobras diz que realizou três reuniões com os sindicatos.

"Foram realizadas três reuniões com as entidades sindicais desde o término das negociações do ACT, mas, mesmo com as mudanças que a Petrobras propôs atendendo a reivindicações importantes dos sindicatos, não houve acordo no prazo pactuado entre as partes – 31/12/2019. É importante mencionar que a FUP sequer realizou assembleias para que os empregados tivessem a oportunidade de apreciar e votar a proposta da companhia", diz um dos trechos da nota.

Em outra parte da nota, a empresa diz que se "manteve aberta a receber propostas" dos sindicatos, mas que não recebeu nada.

"A companhia apresentou suas premissas e se manteve aberta a receber propostas das entidades sindicais, mas somente um dos sindicatos, o Sindipetro-LP, apresentou alternativa. Buscando a convergência, a Petrobras formulou quatro alternativas de tabelas e promoveu uma votação entre os empregados de turno, sendo uma delas escolhida por 90% dos votantes. Esta opção foi apresentada aos sindicatos, que não concordaram nem apresentaram contraproposta, apesar da escolha manifestada pelos votantes", afirmou a Petrobras.

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