'Acordo do Século' de Trump ignora palestinos e legitima ocupação de Israel, diz Erdogan

© AP Photo / Rebecca BlackwellPresidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan
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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou o plano para resolver o conflito árabe-israelense apresentado por Donald Trump, dizendo que a proposta é uma tentativa flagrante de "legitimar a ocupação de Israel" dos territórios palestinos.

Erdogan, um crítico de longa data das políticas israelenses, atacou o roteiro proposto pelos EUA em uma entrevista nesta quarta-feira com jornalistas que o acompanhavam em seu retorno de uma visita a três países da África.

"Este é o plano de ignorar os direitos dos palestinos e legitimar a ocupação de Israel", afirmou Erdogan, conforme citado pela agência Anadolu.

A observação está de acordo com as críticas feitas anteriormente por outras autoridades turcas. O Ministério das Relações Exteriores classificou o plano de Trump de "natimorto" e disse que seu objetivo era "matar a solução de dois Estados e roubar terras palestinas".

Em setembro passado, Erdogan usou a palavra da Assembleia Geral da ONU para denunciar a expansão do controle israelense desde 1947. Ele até usou a ferramenta favorita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, um grande fã de acessórios visuais, e mostrou ao público internacional uma série de mapas para ilustrar seu argumento.

© AP Photo / Ariel SchalitBandeira israelense em frente à aldeia de Majdal Shams nas colinas de Golã controladas por Israel
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Bandeira israelense em frente à aldeia de Majdal Shams nas colinas de Golã controladas por Israel

O acordo proposto, que as autoridades americanas têm apresentado como uma abordagem pragmática e realista da situação real no terreno, prevê um Estado palestino composto por vários enclaves conectados por estradas e principalmente cercados pelo território israelense.

O futuro Estado palestino, segundo o plano, teria que sujeitar sua segurança às políticas de Israel. A "armadilha" é a promessa de um investimento de bilhões de dólares e a promessa de congelar a construção de assentamentos israelenses em terras palestinas ocupadas por quatro anos.

As autoridades palestinas rejeitaram os termos do acordo. O presidente palestino Mahmoud Abbas chamou o plano de "conspiração" e enfatizou que os direitos palestinos "não estão à venda". Enquanto isso, Netanyahu o elogiou como "a oportunidade do século".

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