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'Não tenho problema nenhum com ele', diz Bolsonaro sobre Moro

© Folhapress / Pedro LadeiraPresidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto - Sputnik Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro negou que esteja passando por um momento de crise com o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, mas ressaltou que tem o poder de veto. 

"Não tenho problema nenhum com ele [Moro]. Todos os meus ministros são tratados de maneira igual. Dei liberdade para todos eles, mas eu tenho o veto e não abro mão disso, porque quem dá o norte sou eu", afirmou em entrevista concedida ao Jornal da Band.

Após entrevista de Moro ao programa Roda Viva, que repercutiu bastante, e da decisão de Bolsonaro de dividir o Ministério da Justiça em dois, separando a pasta da Justiça da de Segurança Pública, especulou-se que o presidente poderia estar retaliando o ex-juiz. 

'Não preciso fritar para demiti-lo'

Ao fim, a decisão de desmembrar o Ministério recebeu muitas críticas e Bolsonaro desistiu da ideia. Na entrevista ao Jornal da Band, ele negou estar querendo "fritar" Moro. 

"Não preciso fritar ministro para demiti-lo. Nenhum ministro meu vive acuado com medo de mim. Minhas ações são bastante pensadas e muito bem conversadas antes", afirmou. 

Bolsonaro explicou que a ideia de dividir o Ministério partiu de pedidos de autoridades estaduais. 

"Tive um encontro com 20 secretários de Estado que fizeram uma série de pedidos, entre eles o renascimento do ministério da Segurança. Colhi, vou despachar, não posso responder de imediato. Em função disso foram para a maldade como se eu tivesse já interessado", disse. 

Ele também elogiou a atuação de Moro no governo. 

"Está fazendo um bom trabalho na segurança. Temos batido recorde de apreensão de drogas, a questão de isolar cabeças do crime em São Paulo ajudou muito para combater a violência em nosso país. Está indo bem", afirmou. 

Imposto da cerveja: 'Ô Paulo Guedes, poxa'

Bolsonaro também falou sobre o "imposto do pecado" sugerido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e rechaçou a proposta. 

"Ô Paulo Guedes, poxa, a alegria do povo brasileiro é tão pouca, tem dificuldade, muitos desempregados. Me dou muito bem com Paulo Guedes. Combinamos lá atrás que não tem aumento de imposto no Brasil, então acho que o Guedes falou fora do contexto de aumentar o imposto da cerveja", disse. 

Regina Duarte

O presidente falou ainda sobre a nomeação da atriz Regina Duarte para a chefia da Secretaria de Cultura. Ele contou que deverá confirmar sua indicação ao retornar de viagem à Índia, e comentou ainda sobre pedido feito pela artista para que o Ministério da Cultura fosse recriado. 

"Confio no trabalho dela, abri o jogo para ela, a tratei como se fosse um ministro. Ela até falou para ser ministério [da Cultura]. Poxa, nossa politica é não criar ministérios, nós vamos perder um agora que é do Banco Central, que vai se tornar independente. Mas, quem sabe, em alguma oportunidade, possamos conversar sobre isso, desde que haja um apoio por parte da sociedade. Acho que ninguém ficaria contra essa possibilidade de ver a ‘namoradinha do Brasil’ como a terceira ministra mulher do nosso governo", disse.

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