СIA revela como 'Herói da Ucrânia' trabalhava para Hitler

© AP Photo / Carolyn KasterEmblema da CIA em sua sede em Langley, Virgínia, EUA
Emblema da CIA em sua sede em Langley, Virgínia, EUA - Sputnik Brasil
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A Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA publicou documentos sobre a colaboração com Hitler do então líder político do Exército Insurgente da Ucrânia, Stepan Bandera.

Em 2010, Viktor Yuschenko, à época presidente ucraniano, concedeu a título póstumo a Stepan Bandera a maior distinção do país, o título de Herói da Ucrânia, pela sua luta "por um Estado ucraniano independente".

O relatório chamado "Stepan Bandera e o Estado Ucraniano de 1941", divulgado pela CIA, revela o passado nazista deste político ucraniano.

"Em 30 de junho de 1941, o fascista ucraniano e agente profissional de Hitler, Stepan Bandera (Consul II, de acordo com seu apelido alemão) proclamou em Lvov a restauração do Estado da Ucrânia Ocidental", diz o relatório, citado pelo portal Zvezda.

O aludido documento apresenta um carimbo que diz: "Desclassificado de acordo com a Lei de Divulgação de Crimes de Guerra Nazistas". Para além desta referência a Bandera, o relatório enumera um rol de crimes perpetrados no território ocupado pelos nazistas na Ucrânia. Durante a efémera duração de cinco semanas desse "Estado", foram assassinados 5.000 ucranianos, 15.000 judeus – dos quais 10.000 exterminados duma só vez – e vários milhares de poloneses, sempre segundo o relatório divulgado.

Por sua vez, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentando os documentos revelados pela CIA, sublinhou que Moscou já tinha denunciado em várias ocasiões os antecedentes deste "fascista ucraniano".

"O herói da Ucrânia moderna é um agente profissional de Hitler, nazista e criminoso. Quantas vezes falamos sobre isso antes da publicação destes materiais e quantas vezes os personagens ucranianos cínicos e sem vergonha negaram o óbvio? O que mais terá de acontecer no planeta para que as pessoas parem de zombar da história, da memória dos antepassados e do senso comum?", escreveu Zakharova em sua conta no Facebook.

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