Cientistas encontram exoplaneta se dirigindo para a própria 'morte'

© Foto / Centro de Ciência de At-Bristol, Universidade de ExeterConcepção artística do gigante gasoso WASP-121 b
Concepção artística do gigante gasoso WASP-121 b - Sputnik Brasil
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O exoplaneta WASP-12b foi descoberto em 2008 com recurso ao método de trânsito – o mais empregado atualmente na busca de planetas extrassolares e que consiste os detectar pelas reduções no brilho das estrelas por estarem sendo orbitada por planetas.

Cientistas conseguiram identificar, pela primeira vez, um exoplaneta em vias de desaparecimento: o WASP-12b. O resultado da pesquisa foi publicado na Astrophysical Journal Letters no passado dia 27 de dezembro. O WASP-12b pertence a um gênero de planetas extrassolares denominados de "Júpiteres quentes" por possuírem massas comparáveis à do quinto planeta do nosso Sistema Solar e terem temperaturas elevadíssimas pela proximidade às suas estrelas. Com períodos orbitais muito curtos, são os mais fáceis de detectar pelo método de trânsito.

Os investigadores suspeitavam há muito que a proximidade dos Júpiteres quentes às estrelas poderia provocar seu desaparecimento, à medida que se aproximam cada vez mais destas e se quebram, não tendo por enquanto ideia de quanto tempo pode durar tal valsa fatal.

"Tínhamos bastante certeza que não podiam durar para sempre. As fortes interações gravitacionais entre o planeta e a estrela fazem o planeta entrar em um movimento em espiral em direção ao interior e ser destruído, mas ainda ninguém pôde prever quanto tempo leva o fenômeno. Pode levar milhões, bilhões ou mesmo trilhões de anos", afirmou Joshua Winn, professor de ciências astrofísicas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, e um dos autores do artigo.

Os cientistas asseguram ser o WASP-12b o primeiro a confirmar suas teorias sobre o destino dos Júpiteres quentes e que este planeta da constelação de Auriga se extinguirá em cerca de três milhões de anos. Samuel Yee, autor principal e estudante de pós-graduação em ciências astrofísicas, afirmou: "Se conseguirmos encontrar mais planetas como o WASP-12b cujas órbitas estejam decaindo, ficaremos sabendo mais sobre a evolução e o destino final dos sistemas exoplanetários."

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