Site da Sputnik na Estônia entra em funcionamento de emergência

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O site da Sputnik Estônia entrou em funcionamento de emergência por causa da perseguição penal a seus funcionários por parte do departamento da Polícia e Guarda das Fronteiras do país.

A chefe da representação da agência de notícias Rossiya Segodnya em Tallinn, Elena Cherysheva, dirigiu-se aos leitores agradecendo o apoio e prometendo restabelecer o funcionamento da redação logo que possível.

"Quero agradecer a vocês, caros leitores, pelo seu apoio durante os últimos quatro anos do nosso trabalho e especialmente durante os últimos meses, quando a pressão e as ameaças em relação de cada um de nós e nossos parceiros se tornaram desmedidos. Os bancos nos deixaram sem salários, nosso arrendatário foi pressionado e obrigado a rescindir o contrato conosco", disse ela, destacando que tudo isso acontece em meio a uma perseguição penal e ameaça de prisão.

Cherysheva também lamentou que jornalistas sejam perseguidos pela execução de seu trabalho profissional: "A única 'culpa' que temos é sermos jornalistas em uma mídia independente das autoridades e simplesmente fazermos nosso trabalho", disse ela em um comunicado publicado no site da Sputnik Estônia.

Em meio à ameaça de perseguição criminal, que prevê até 5 anos de prisão, os funcionários da Sputnik Estônia tomaram a decisão de terminar as relações de trabalho com a redação desde 1º de janeiro de 2020. Entretanto, a redatora notou que o rompimento das relações de trabalho não significa o fim do funcionamento do site.

"O site continuará funcionando completamente, entretanto, precisa se algum tempo para organizar o trabalho de modo a que não vivamos sob a pressão constante por parte das autoridades da Estônia. Naturalmente, tentamos restabelecer o funcionamento [do site] o mais rápido possível".

Nesse período, a redação vai publicar principalmente notícias ligadas à situação em torno da agência Sputnik Estônia e não as da agenda do país.

"Combatendo pelo direito de trabalhar na Estônia, combatemos pelo direito de nossos leitores no país e fora dele de receber a informação completa. Podem não concordar conosco. [Podem] discutir e criticar. Mas o principal para nós é a possibilidade de nossos leitores abrirem nosso site cada dia e avaliarem por si mesmos a informação, comentários e conclusões. Isso se chama de 'liberdade de expressão'. Infelizmente, não a temos na Estônia hoje em dia", disse.

No site da agência já são publicadas declarações de políticos, jornalistas, figuras públicas que apoiam a redação e apelos às instituições europeias e internacionais pedindo para avaliar as ações das autoridades estonianas.

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