Como caçar ETs? Especialistas apontam locais potenciais de vida alienígena

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OVNI no espaço (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil
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O mundo está aceitando cada vez mais a teoria sobre existência de alienígenas, e não só devido aos esforços dos conspiracionistas, o que suscita a questão sobre onde e como devemos procurá-los.

O astrônomo Seth Shostak acredita firmemente que embora o Universo esteja "repleto de vida", um único minuto de contato com uma civilização alienígena próspera, seja ela micróbios mortos ou vivos, ou algo mais grandioso, poderia ser uma mudança drástica, escreve o portal The Daily Beast. O autor do artigo observou que a sua posição é cada vez mais aceita, e cada vez menos divisória.

"Por que deveríamos ser os únicos?", perguntou Martin Dominik, astrônomo da Universidade de St. Andrews, na Escócia, sugerindo um aumento no número de acadêmicos que estão certos de que há vida além da Terra, inclusive considerando os avistamentos de supostos OVNIs pelos pilotos da Marinha dos EUA.

Embora o ceticismo em torno da vida extraterrestre se tem dissipado gradualmente, a ciência tem que decidir onde exatamente e como deve procurar por organismos alienígenas, indica a fonte.

Como prosseguir?

Existem atualmente duas abordagens diferentes para encontrar vida extraterrestre. Uma é em grande parte passiva, envolvendo os esforços do Instituto SETI, entre outros, que se preocupa com a busca de inteligência alienígena; a outra envolve tentativas contínuas de rastrear corpos distantes com telescópios altamente avançados e enviar sondas para planetas e luas distantes.

No entanto, de acordo com a agência espacial NASA, há um grande problema com as tentativas de detectar vida longínqua, uma vez que o equipamento visa planetas (potencialmente com civilizações), enquanto que os planetas orbitam estrelas conhecidas por emitirem massas de radiação que distorcem os sinais, que são percebidos como ruído estático.

"Se transmitíssemos [o sinal] com toda a nossa potência possível, nunca o ouviria porque o Sol o esmagaria [com] os sinais de rádio que ele faz", explicou Terry Virts, ex-astronauta da NASA, no podcast científico Oh No Ross e Carrie.

Os esforços atuais parecem ser promissores, já que a NASA está almejando missões em Marte, planejando aterrissar astronautas no Planeta Vermelho em algum momento da década de 2030. A agência espacial planeja enviar uma sonda para Europa, uma das luas de Júpiter, em 2025, além de robôs e eventualmente pessoas a Marte.

A missão interplanetária Europa Clipper está repleta de instrumentos que podem detectar e olhar para as nuvens de vapor de água que foram detectadas ocasionalmente jorrando da superfície de Europa, e que em teoria poderiam suportar vida microbiana. A mesma sonda pode voar para Encélado, uma lua de Saturno, que, como Europa, parece ter muita água na sua superfície.

Planeta mais quente do Sistema Solar?

No entanto, há um lugar ainda melhor para a busca de extraterrestres, a atmosfera inferior de Vênus, disse Dirk Schulze-Makuch, astrobiólogo da Universidade Técnica de Berlim, segundo citado pelo Daily Beast. É um lugar altamente improvável para abrigar a vida, sendo o segundo planeta mais próximo do Sol, e notável pelo seu calor incomparável e atmosfera tóxica de dióxido de carbono, além das nuvens de ácido sulfúrico. Os especialistas argumentam que Vênus poderia ter explorado seus poderes adaptativos e preservado a vida.

"Tendo originada em um proto-oceano quente ou trazida por meteoritos da Terra (ou Marte), a primeira vida em Vênus poderia ter-se adaptado a um nicho atmosférico seco e ácido à medida que o planeta em aquecimento perdia seus oceanos", escreveu Schulze-Makuch em um artigo conjunto com David Grinspoon do Instituto de Ciências Planetárias do Arizona, EUA.

Por que não incluir Vênus na lista de alvos para detectar extraterrestres quando estivermos procurando sinais de rádio e nos prepararmos para extensas missões cósmicas? É uma ação ainda mais importante por que as missões em Marte já foram previamente totalmente descartadas: a evidência de micróbios em 1976 levou a NASA a insistir que os dados estavam errados.

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