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Bolívia mostra confiança e acredita que Brasil continuará sendo seu principal cliente de gás natural

© REUTERS / David MercadoPlanta de gás de Incahuasi, na Bolívia
Planta de gás de Incahuasi, na Bolívia - Sputnik Brasil
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A substituição progressiva da companhia estatal de petróleo Petrobras por uma série de distribuidores privados não impedirá o Brasil de permanecer sendo um dos mais importantes clientes do gás natural boliviano, disse o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Victor Hugo Zamora.

"Vamos vincular o negócio à realidade do gás no mundo e nossa próxima missão é abrir mercados privados no Brasil", disse Zamora em entrevista coletiva explicando os resultados de uma recente visita oficial ao país vizinho.

Zamora disse que a empresa estatal de petróleo YPFB, o único exportador de gás operado na Bolívia, intensificará nos próximos meses as negociações com empresas privadas no Brasil interessadas em fornecer diretamente o hidrocarboneto depois que a Petrobras deixar seu papel de intermediária, conforme decidido pelo governo de Jair Bolsonaro.

"Estamos diante de uma nova política de abertura do Brasil para mercados privados, nos quais a Petrobras está se tornando uma das operadoras", afirmou Zamora.

O ministro alertou que essa mudança de modelo no país vizinho faz com que até agora um segundo contrato de compra de gás natural da YPFB para a Petrobras seja uma possibilidade e não seja mais uma condição para a produção boliviana acessar os mercados brasileiros.

"Mas certamente o Brasil continuará sendo um cliente importante, se não o mais importante, do gás boliviano", afirmou.

Zamora disse que, durante sua visita ao Brasil na semana passada, chegou a um acordo para definir dentro de 70 dias um adendo ao atual contrato de compra de gás, que teria para a Bolívia a vantagem de evitar o pagamento de multas por não conformidade, em troca de uma redução nos volumes que o Brasil seria obrigado a comprar.

A validade do atual contrato de 20 anos, que deveria terminar neste 2019, será estendida por mais três ou quatro anos, dependendo do tempo em que a demanda brasileira vai levar para chegar ao volume total de gás acordado, explicou.

"Então, outro contrato com a Petrobras poderia existir, dependendo da decisão política do Brasil", afirmou o ministro.

Ele acrescentou que a atual produção boliviana de gás natural é de cerca de 54 milhões de metros cúbicos por dia, dos quais cerca de 13 metros cúbicos são destinados ao consumo interno e o restante é bombeado para a Argentina e o Brasil.

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