Bancos centrais aceleram redução do dólar e preço do ouro dispara, diz Goldman Sachs

© AP Photo / Mike GrollBarras de ouro empilhadas em cofre na Casa da Moeda dos Estados Unidos, Nova York (imagem de arquivo)
Barras de ouro empilhadas em cofre na Casa da Moeda dos Estados Unidos, Nova York (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil
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O banco norte-americano Goldman Sachs projetou uma alta no preço do ouro para o ano que vem, reflexo da alta demanda por parte dos bancos centrais, empenhados em diminuir o uso do dólar.

O preço do ouro deve disparar para US$ 1.600 (cerca de R$ 6.632) a onça no ano que vem, segundo estimativa publicada pelo banco norte-americano Goldman Sachs. A alta é reflexo do aumento da demanda dos bancos centrais pelo metal precioso.

"A desdolarização nos bancos centrais e sua demanda por ouro é a maior desde a era Nixon, consumindo 20% do estoque mundial", disse o diretor de pesquisas de commodities do banco, Jeff Currie.

Durante a administração Nixon, os EUA abandonaram o lastro em ouro do dólar, no maior golpe às finanças internacionais desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

"Vou preferir o ouro aos ativos, porque os ativos não refletem a essa [tendência de] desdolarização", concluiu Currie, conforme reportou a Bloomberg.

© AP Photo / Richard Drew Goldman Sachs
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Goldman Sachs

Notando que o aumento da demanda por ouro é gerado pela insegurança dos mercados, o analista sugere que investidores diversifiquem suas cestas de investimentos de longo prazo para incluir o ouro.

"Quanto mais longo o prazo, maior a probabilidade dos EUA entrarem em recessão", notou o analista do banco Mikhail Sprogis ao portal especializado Kitco News.

Sprogis disse que a demanda dos bancos centrais por ouro é liderada, sobretudo, por China, Rússia e Turquia, além de outros países como a Polônia que, segundo ele, comprou 100 toneladas do metal somente neste ano.

De acordo com estatísticas, fundos de hedge e outros grandes especuladores aumentaram suas apostas de alta no metal precioso em 8,9% na semana encerrada em 3 de dezembro. Esse é o maior ganho registrado desde o final de setembro.

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