França: 'coletes amarelos' entram nas fileiras das manifestações contra reforma da previdência

© AP Photo / Rafael YaghobzadehProtesto contra a reforma da previdência em Paris, França, no dia 5 de dezembro de 2019.
Protesto contra a reforma da previdência em Paris, França, no dia 5 de dezembro de 2019. - Sputnik Brasil
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A polícia de Paris entrou em conflito neste sábado (7) com os ativistas dos "coletes amarelos" que se uniram a uma onda de protestos contra a reforma da previdência na França. 

Alguns milhares de manifestantes dos "coletes amarelos" marcharam do complexo do Ministério das Finanças, no rio Sena, até o sudeste de Paris, pressionando por sua já antiga lista de demandas e que agora ganhou mais uma bandeira com a reforma da previdência. A maior parte do ato foi pacífico, mas algumas pessoas entraram em conflito com as autoridades e houve disparos de gás lacrimogêneo.

Os manifestantes parecem encorajados após a França registrar a maior mobilização em anos na quinta-feira, quando uma greve foi realizada para protestar contra a proposta de reforma previdência do presidente Emmanuel Macron

Neste sábado, caminhoneiros descontentes com o aumento no imposto sobre combustíveis interromperam o tráfego nas rodovias, desde Provence no sudeste até Normandia no noroeste. Um imposto de combustível semelhante foi o que desencadeou o movimento dos coletes amarelos há um ano, e essa convergência de queixas pode representar uma nova e importante ameaça à presidência de Macron.

Macron diz que a reforma previdenciária é uma simplificação e irá tornar a aposentadoria dos franceses mais justa e financialmente sustentável. O governo promete não aumentar a idade oficial de aposentadoria, 62 anos, mas o plano deverá incluir cláusulas financeiras para incentivar as pessoas a trabalhar por mais tempo. Os que mais se opõem às mudanças são trabalhadores de categorias especiais, como transporte, que agora podem se aposentar antes dos 62 anos.

O primeiro-ministro Edouard Philippe disse claramente aos franceses em um discurso nacional na sexta-feira: "Você vai ter que trabalhar mais'', mas afirmou que as mudanças serão progressivas. 

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