Política egoísta dos EUA está alimentando conflitos no Oriente Médio, afirma Pequim

© REUTERS / Kevin LamarquePresidente dos EUA, Donald Trump e presidente da China, Xi Jinping, no encontro bilateral na cúpula do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019 (foto de arquivo)
Presidente dos EUA, Donald Trump e presidente da China, Xi Jinping, no encontro bilateral na cúpula do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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China diz que a política dos EUA está aumentando a instabilidade na região, e pede uma abordagem abrangente para tentar resolver os conflitos.

Chen Xiaodong, vice-ministro das Relações Exteriores da China, apelidou a política dos EUA de "egoísta e unilateral", afirmando, durante a abertura do Fórum de Segurança do Oriente Médio em Pequim, que ela é a principal causa da difícil situação de segurança no Oriente Médio.

"A situação no Oriente Médio está longe de ser pacífica hoje, as tensões nos 'locais de conflito' estão aumentando, com a instabilidade política e a crise continuando a prejudicar vários países da região", disse o responsável.

Segundo ele, "a situação atual no Oriente Médio é resultado de uma série de fatores", incluindo o aumento das tensões étnicas, geopolíticas e religiosas.

Entre esses fatores, destacou que "os EUA, sendo a única superpotência do mundo e tendo tremenda influência no Oriente Médio, estão seguindo uma política egoísta e unilateral que beneficia os mais fortes à custa dos fracos, continuando este a ser o principal fator na difícil situação de segurança da região".

"A paz global continuará sendo uma ilusão se a segurança no Oriente Médio não for garantida", sublinhou Chen Xiaodong.

Terrorismo no Oriente Médio

Outro dos grandes problemas na região é o terrorismo, referiu durante a abertura do evento o vice-ministro das Relações Exteriores da China.

Xiaodong enfatizou a necessidade de "uma estratégia antiterrorista abrangente" para "reforçar a segurança no Oriente Médio".

"Precisamos de adotar uma abordagem que abranja tanto os sintomas como as causas profundas, cortando o financiamento do terrorismo e reforçando a cooperação prática em matéria de transferência de suspeitos de terrorismo, controlo das fronteiras e partilha de informações", recomenda o político chinês.

Ele também criticou a dualidade de critérios na abordagem antiterrorista.

"A comunidade internacional deve abandonar qualquer dualidade de critérios na luta contra o terrorismo e a prática de ligar o terrorismo a qualquer religião em particular", disse.

O vice-ministro acrescentou que os direitos humanos não devem ser usados como pretexto para criticar os esforços de outros países na luta contra o terrorismo e o radicalismo.

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