Inteligência russa: eventos na Bolívia são tentativa de desestabilizar situação na América Latina

© REUTERS / Carlos Garcia RawlinsPessoas passam por barricadas em protestos contra o presidente da Bolívia, Evo Morales
Pessoas passam por barricadas em protestos contra o presidente da Bolívia, Evo Morales - Sputnik Brasil
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O diretor do Serviço de Inteligência Exterior da Rússia, Sergei Naryshkin, denunciou o envolvimento dos EUA na crise política na Bolívia.

Sergei Naryshkin afirmou que os EUA estão envolvidos na crise política na Bolívia e tentam "abalar" a situação na América Latina "no seguimento" do que está passando na Venezuela.

"Sim, os Estados Unidos estão envolvidos na crise", respondeu Naryshkin à pergunta se se pode falar de algum tipo da interferência dos EUA na situação que atualmente vive a Bolívia.

Segundo ele, os eventos que estão passando na Bolívia e na Venezuela "são a mesma coisa".

"Isso é evidentemente uma tentativa de abalar [a situação na região]. Isso está no seguimento dos eventos que passaram e estão passando na Venezuela, isso é, em geral, a mesma coisa", disse Sergei Naryshkin.

Além disso, o funcionário opinou que a crise não se resolverá em breve.

Segundo o chefe da Inteligência, Washington necessita que haja uma crise para "mudar o rumo político" na Bolívia.

Situação na Bolívia

A Bolívia vive uma crise política desde que no dia 10 de novembro Evo Morales renunciou à presidência, pressionado pelas Forças Armadas e pela Polícia e após várias semanas de protestos pela suspeita de fraude nas eleições de 20 de outubro.

© REUTERS / David MercadoManifestante segura uma bomba de gás lacrimogênio nas mãos, em meio à conflitos entre manifestantes na Bolívia, no dia 5 de novembro
Inteligência russa: eventos na Bolívia são tentativa de desestabilizar situação na América Latina - Sputnik Brasil
Manifestante segura uma bomba de gás lacrimogênio nas mãos, em meio à conflitos entre manifestantes na Bolívia, no dia 5 de novembro

Logo que Morales foi asilado pelo México, a senadora opositora Jeanine Áñez se autoproclamou presidente sem passar pelos procedimentos legislativos previstos em umas sessões do parlamento que não tinham o quórum requerido.

A investidura de fato de Áñez foi comprovada pelo Tribunal Constitucional.

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