Cratera gigante na Austrália explicaria com que frequência grandes meteoritos caem na Terra

CC BY-SA 3.0 / Shane.torgerson / CrateraCratera no estado do Arizona (EUA) surgida em resultado da queda de um meteorito (imagem referencial)
Cratera no estado do Arizona (EUA) surgida em resultado da queda de um meteorito (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Após analisar a cratera de Wolf Creek, no oeste da Austrália, cientistas sugerem que grandes meteoritos caem na Terra a cada 180 anos.

A sugestão se contrapõe a estudos anteriores que concluíam que meteoritos de tamanho considerável caíssem em nosso planeta a uma frequência máxima de 13 mil anos.

No entanto, cientistas de universidades americanas e australianas chegaram a uma nova conclusão, conforme estudo publicado pela revista científica Meteorics & Planetary Science.

"Levando em consideração que a porção árida da Austrália é de apenas cerca de 1% da superfície, a frequência sobe para um [meteorito grande] a cada 180 anos", relatou no estudo Tim Borrows, pesquisador da Universidade de Wollongong, Austrália.

Apesar disso, tal frequência de 180 anos não deve ser considerada como uma frequência no sentido literal, segundo cientistas.

Determinando a idade da cratera

Os estudiosos levaram em consideração tanto o tamanho da cratera de Wolf Creek, no oeste da Austrália, quanto as modificações que ela sofreu com o passar do tempo.

Para tanto os cientistas analisaram o decaimento estável do isótopo berílio-10, assim como do alumínio-26, presentes no local.

Além disso, foram analisadas as mudanças das cargas da energia retida na estrutura cristalina da areia fundida após a explosão do impacto do meteorito com a superfície terrestre no local.

Tendo isto em vista, os cientistas concluíram que a cratera surgiu há 120 mil anos, muito mais perto do tempo atual do que os 300 mil anos antes estimados.

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