Netanyahu é indiciado por corrupção pela Justiça israelense

© REUTERS / Amir CohenPrimeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante declaração na cidade de Ramat Gan, perto de Tel Aviv, Israel, 10 de setembro de 2019
Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante declaração na cidade de Ramat Gan, perto de Tel Aviv, Israel, 10 de setembro de 2019 - Sputnik Brasil
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A Justiça de Israel acusou nesta quinta-feira (21) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por uma série de crimes de corrupção, aprofundando ainda mais a crise política no país.

O procurador-geral israelense, Avichai Mandelblit, indiciou o dirigente em três casos diferentes, por fraude, quebra de confiança e suborno. É a primeira vez que um chefe de governo em exercício é acusado de um crime no país. 

Netanyahu é acusado de aceitar milhares de dólares em presentes, incluindo garrafas de champanhe e charutos, de amigos ricos, de oferecer troca de favores a um dono de de jornal e de usar sua influência para ajudar um empresário do setor de telecomunicação em retribuição a uma cobertura favorável em um popular site de notícias. 

A medida da Justiça não obriga que o primeiro-ministro renuncie, mas aumenta a pressão para que ele deixe o governo.  Segundo Netanyahu, as acusações fazem parte de uma caça às bruxas.

Em fevereiro, a polícia recomendou a Mandelblit que fizesse as acusações contra o dirigente. De acordo com o jornal The Jerusalem Post, o procurador-geral vai pedir ao Knesset (Parlamento israelense) que retire a imunidade de Netanyahu, processo que pode levar 30 dias. 

Entenda os 3 casos

No caso batizado de "1000", Netanyahu é suspeito de aceitar US$ 264 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) em presentes de Arnon MIlchan, produtor de Hollywood e cidadão isralense, e James Packer, bilionário australiano. 

No "Caso 2000", a acusação é de que Netanyahu negociou acordo com o proprietário do jornal Yedioth Ahronoth para obter uma melhor cobertura. Em troca, ele teria favorecido lei que prejudicaria o crescimento de um jornal rival. O acordo não teria sido concretizado, mas a lei do país prevê que a tentativa de suborno pode ser enquadrada como crime. 

No "Caso 4000", a acusação é de que ele concedeu favores regulatórios à principal empresa de telecomunicações de Israel, a Bezeq Telecom Israel, em troca da cobertura positiva dele e de sua esposa em um site de notícias controlado pelo ex-presidente da empresa. 

Presidente encarregou Parlamento de formar governo

Mais cedo, o presidente de Israel, Reuven Rivlin, encarregou o Parlamento de encontrar um novo primeiro-ministro, enquanto ele tenta evitar novas eleições depois que Netanyahu e seu rival Benny Gantz falharam em formar um governo.

O Parlamento terá agora até 11 de dezembro para encontrar um candidato que possa comandar o apoio da maioria dos 120 parlamentares do país ou uma nova eleição geral será convocada para o início de 2020. Seria a terceira nos últimos 12 meses.

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