A casa de leilões Hermann Historica em Munique, na Alemanha, pretende leiloar dezenas de objetos ligados aos líderes nazistas, inclusive uma edição de Mein Kamf, o manifesto do líder do partido nazista Adolf Hitler, um chapéu de Hitler e vestidos da sua esposa, Eva Braun. Os vestidos foram descobertos em 40 baús obtidos por oficiais militares dos EUA em 1945, em Salzburgo, na Áustria.
Outros itens a ser leiloados incluem a cópia do contrato de arrendamento de Hitler em Munique e itens pessoais dos líderes nazistas Hermann Goering e Joseph Goebbels. A história dos últimos objetos não está clara.
O chefe da Associação Judaica Europeia, Rabbi Menachem Margolin, escreveu uma carta para a casa de leilões exigindo o cancelamento da venda de itens do Terceiro Reich.
"Nós acreditamos que a venda de tais recordações tem pequeno valor histórico, mas em vez disso serão compradas por quem glorifica e busca justificar as ações do maior mal que atingiu a Europa... Tal comércio nestes casos não deve ter lugar", escreveu Margolin, citado pelo jornal The Times of Israel.
No entanto, o chefe da Hermann Historica, Bernhard Pacher, disse que os objetos são vendidos para clientes "que mostram sério interesse histórico".
Em abril, a cópia de seguro de morte e de incapacidade de Hitler foi leiloada por mais dos US$ 4.000 (R$ 16.702). No mesmo mês, a carta de suicídio do líder nazista também foi posta em leilão com expectativas do que o item traria pelo menos US$ 80.000 (R$ 334.043).
No entanto, cinco quadros, considerados pintados por Hitler, não foram vendidos no leilão em Nuremberga em outubro depois que as autoridades consideraram a venda como tendo "falta de estilo e de gosto".