Por que EUA estão cada vez mais dependentes do diesel russo?

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Recentemente, o diesel russo se tornou uma das matérias-primas mais exportadas pela Rússia aos EUA.

As importações de diesel russo e das repúblicas que faziam parte da União Soviética aos EUA aumentaram consideravelmente, chegando a 1,35 milhões de toneladas.

Espera-se que os EUA mantenham os volumes de importações, segundo os dados da empresa analítica Vortexa, publicados pelo jornal The New York Times.

O aumento nas importações ajudou a compensar a perda do petróleo venezuelano provocada pelo embargo aplicado por Washington aos suprimentos da Venezuela. Com o embargo, as fábricas norte-americanas localizadas no golfo do México e na costa oriental dos EUA corriam o risco de sofrer uma paralisação, e o diesel aparentemente resolveu essa questão.

Atualmente, o diesel é o principal combustível dos motores dos navios. Sua demanda diminuiu ao longo do ano, depois que a Organização Marítima Internacional aprovou novas normas ecológicas.

Particularmente, a entidade ordenou a redução da quantidade máxima de enxofre no combustível de navios de 3,5% para 0,5% a partir de 1° de janeiro de 2020.

© Foto / TransmashholdingO motor diesel D300 fabricado pela Transmasholding
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O motor diesel D300 fabricado pela Transmasholding

Os ecologistas acreditam que, graças à redução, as emissões de dióxido de carbono na atmosfera podem diminuir em 85%, reduzindo o risco de chuvas ácidas que tanto prejudicam a agricultura, além de causarem doenças respiratórias nos habitantes das cidades portuárias.

O diesel é o subproduto resultante do petróleo uma vez que suas frações de baixo peso molecular, como o querosene e a gasolina, são extraídas.

O preço do combustível será mantido nos próximos meses, pois os proprietários dos navios entendem perfeitamente que é impossível deixar de o utilizar a partir de 2020. Na verdade, há pelo menos dois motivos que tornam a sua utilização essencial.

"Em primeiro lugar, porque o combustível com baixo teor de enxofre custa 1,5 vezes mais que o diesel e, em segundo, porque não há volumes suficientes para satisfazer a demanda global. Por isso, 40% dos transportes marítimos continuarão utilizando o diesel a partir de 1° de janeiro", afirmou o jornalista russo Maxim Rubchenko.

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