Evo Morales diz ser alvo de 'mandado de prisão ilegal'; chefe da Polícia nega

© REUTERS / David MercadoEvo Morales, presidente da Bolívia, durante coletiva de imprensa no palácio La Casa Grande del Pueblo, em La Paz, em 24 de outubro de 2019
Evo Morales, presidente da Bolívia, durante coletiva de imprensa no palácio La Casa Grande del Pueblo, em La Paz, em 24 de outubro de 2019 - Sputnik Brasil
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Evo Morales, que renunciou ao cargo de presidente da Bolívia neste domingo (10), afirmou ser alvo de uma tentativa ilegal de prisão.

"Eu denuncio ao mundo e ao povo boliviano que um policial anunciou publicamente que ele foi instruído a executar um mandado de prisão ilegal contra mim; da mesma forma, grupos violentos atacaram minha casa. O golpe destrói o estado de direito", escreveu Morales em seu Twitter.

A ordem de prisão contra o ex-presidente, contudo, foi negada em entrevista transmitida pela televisão do chefe de Polícia da Bolívia, Yuri Calderón.

Morales pode estar fazendo referência a vídeo publicado pelo canal de notícias colombiano NTN24, que mostra um policial afirmando que pretende "prender o senhor presidente". 

A possível detenção de Morales também foi comentada por Luis Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, que afirmou, também pelo Twitter, que policiais e militares estão buscando Morales. Ainda de acordo com Camacho, os militares retiraram o avião presidencial de Morales.

A ex-presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, Maria Eugenia Choque Quispe, foi detida neste domingo e exibida algemada em coletiva de imprensa.

As Forças Armadas da Bolívia pediram a renúncia de Morales neste domingo após semanas de instabilidade e protestos populares. Em 20 de outubro, o país latino-americano realizou eleições que deram mais um mandato a Morales, mas a oposição afirmou que o pleito foi fraudado. Diante da pressão, Morales concordou com uma auditoria das Organização dos Estados Americanos (OEA) e com a posterior recomendação do organismo internacional de uma nova eleição. As Forças Armadas, contudo, ressaltaram que Morales deveria renunciar e o primeiro indígena a ocupar a presidência do país resolveu deixar o cargo

As mudanças políticas na Bolívia já repercutiram em outros países da região

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