Washington expressa preocupação com presença chinesa 'agressiva' no Indo-Pacífico

© Sputnik / Vitaly AnkovVeículo militar chinês BTR-80 durante exercícios militares no Oceano Pacífico
Veículo militar chinês BTR-80 durante exercícios militares no Oceano Pacífico - Sputnik Brasil
Nos siga no
Em visita a Nova Deli, alto comandante da Marinha dos EUA classifica a presença militar chinesa na região do Indo-Pacífico de "agressiva e expansionista". A região, que vai desde o subcontinente indiano até o oceano Pacífico, é estratégica para a China.

O comandante da Frota do Pacífico dos EUA, almirante John Christopher Aquilino, acredita que a presença chinesa no Indo-Pacífico representa uma ameaça aos demais países da região.

A posição oficial chinesa reitera que sua presença na área é necessária para garantir seu suprimento energético e fortalecer suas relações comerciais.

A região é geralmente definida como a área que compreende o oceano índico, o leste e o centro do Pacífico e os mares que os conectam na zona marítima indonésia.

"É muito claro que a intenção da Marinha chinesa é operar em uma área muito grande, que inclui o oceano índico. Eu não ficaria surpreso de ver um porta-aviões chinês na região em breve", declarou o almirante, após reunião com o chefe da Marinha indiana.

O almirante acredita que a "rápida modernização" das Forças Armadas chinesas é "uma ameaça para todas as nações que acreditam na liberdade".

Presença chinesa

A China defende o seu direito de manter presença militar em uma região estratégica e próxima ao seu território continental.

Os interesses chineses estão em jogo, por exemplo, no mar do Sul da China, onde disputas territoriais envolvem não só o gigante asiático, mas também as Filipinas, Vietnã, Brunei, Malásia, entre outros.

A China mantém projetos de desenvolvimento de infraestrutura de grande envergadura na região: o projeto Colar de Pérolas e Nova Rota da Seda.

O Colar de Pérolas consiste na construção de infraestrutura portuária em todo o Sudeste Asiático e subcontinente indiano, para escoar a produção chinesa e evitar gargalos em regiões sensíveis, como a do estreito da Malásia.

De acordo com cientista político Udayan Das, da Universidade de Calcutá, ouvido pelo jornal The Diplomat, "o conjunto de portos ao redor do oceano índico provavelmente fará [da China] uma potência residente". "Potência residente" é aquela que, mesmo sem possuir território, mantém presença muito significativa em uma região.

© REUTERS / Thomas PeterMilitares do Exército da China durante o desfile militar marcando o 70º aniversário da fundação da República Popular da China, em Pequim
Washington expressa preocupação com presença chinesa 'agressiva' no Indo-Pacífico - Sputnik Brasil
Militares do Exército da China durante o desfile militar marcando o 70º aniversário da fundação da República Popular da China, em Pequim

O projeto Nova Rota da Seda também tem o intuito de financiar a construção de infraestrutura fora da China, tanto marítima quanto terrestre, para garantir o rápido escoamento da produção chinesa.

Apesar de o projeto prever forte presença na região do Indo-Pacífico, seus objetivos foram expandidos durante seus seis anos de operação. Atualmente, a Nova Rota da Seda abrange mais de 125 países e cerca de 118 projetos.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала