Radiação nas alturas: cientista detalha perigo invisível de voos transpolares

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A dose de radiação recebida por tripulantes e passageiros de aeronave em voo transpolar longo pode ser 100 vezes maior do que a dose recebida em um ano inteiro, caso esteja acontecendo uma erupção solar potente, explicou cientista.

Em entrevista à Sputnik, Vladimir Minligareev, vice-diretor de pesquisa do Instituto de Geofísica Aplicada Fedorov, afirmou que a radiação recebida por tripulação e passageiros de voo transpolar longo pode ser 100 vezes maior do que a recebida em um ano inteiro caso esteja em ação uma poderosa erupção solar.

"Em caso de voos transpolares longos, por exemplo, dos EUA ao Japão ou da Rússia aos EUA, as tripulações e passageiros dos aviões podem receber uma dose [de radiação] significativa", afirmou.

De acordo normas internacionais com as, a dose de irradiação recebe por um humano não deve exceder um milisievert (mSv) por ano. Quando o Sol está calmo, a dose a uma altitude de 10 quilômetros é de 2 a 4 microsieverts por hora.

Voos transpolares

"E em um voo nas latitudes setentrionais, caso esteja acontecendo uma potente erupção solar da classe S3, uma dose nas altitudes de 10 a 11 quilômetros corresponde a cinco milisieverts por hora. Ou seja, durante um voo de 20 horas é possível obter uma dose superior à dose anual em 100 vezes", explicou Minligareev.

O cientista ressaltou o crescimento de voos transpolares pelo mundo, que antes havia pouquíssimos e hoje ficam entre 13 mil e 15 mil por ano.

"Houve casos em que aviões voaram durante erupções solares e os passageiros não foram avisados – e companhias aéreas ocidentais foram processadas em milhões para atender os danos causados à saúde dos passageiros", concluiu.

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