Índia não sacrificará sua força econômica para cumprir sanções dos EUA, diz ministra

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A ministra das Finanças da Índia, Nirmala Sitharaman, declarou que os fundamentos econômicos e as vantagens estratégicas da sua nação não serão sacrificados por pressões externas, incluindo pelas ameaças de sanções.

Em entrevista à Reuters, a ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, afirmou que a Índia deve cumprir as sanções globais, incluindo as sanções dos Estados Unidos, sem ignorar interesses estratégicos e nacionais indianos.

"Em questões específicas que são críticas para os interesses estratégicos da Índia, explicamos aos Estados Unidos que a Índia é um parceiro estratégico para os Estados Unidos da América, e espera-se que um parceiro estratégico seja forte e não fraco", disse a ministra à agência.

"Valorizamos a forte parceria com os EUA, mas também devemos poder ser uma economia forte", adicionou.

Os Estados Unidos impuseram sanções à Venezuela, ao Irã e à Rússia. Washington advertiu seus "aliados e parceiros" de que iriam enfrentar sanções se optassem pelo contínuo da compra de equipamento militar russo.

Posição da Índia

Nova Deli deixou claro para Washington que comprar equipamento militar da Rússia é um "direito soberano".

O chanceler indiano, Subrahmanyam Jaishankar, afirmou em outubro estar "razoavelmente convencido" de que os Estados Unidos compreenderiam a decisão de Nova Deli de comprar equipamento avançado de defesa da Rússia, incluindo o sistema de defesa antiaérea S-400.

Enquanto isso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção de crescimento da economia indiana para 6,1%. Esta é a segunda vez em sete meses que o FMI reduziu a projeção de crescimento da economia indiana.

"No caso da Índia, houve um impacto negativo no crescimento, que vem de vulnerabilidades financeiras e do setor financeiro não bancário e seu impacto no empréstimo a consumidores por pequenas e médias empresas", disse Gita Gopinath, economista-chefe do FMI e diretora do Departamento de Pesquisa.

Gopinath acrescentou que, embora o governo indiano tenha tomado algumas medidas, muito mais precisa ser feito para que o crescimento econômico da Índia se recupere e alcance 7%.

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