Afirmando que o Paquistão gostaria de evitar conflitos na região, Khan anunciou em entrevista coletiva com o presidente iraniano Hassan Rouhani em Teerã que "ficaria feliz em facilitar as negociações" com Riad.
"A principal razão pela qual vim aqui com minha delegação é que não queremos conflitos na região. O Paquistão sofreu 70.000 baixas nos últimos 15 anos na 'guerra ao terror', o Afeganistão ainda está sofrendo, [há] uma devastação terrível na Síria - não queremos outro conflito nesta parte do mundo", declarou Khan.
Khan realizou consultas com Rouhani no último domingo e estava programado para se reunir com o líder supremo iraniano Aiatolá Ali Khamenei no final do dia. Ele disse ainda que viajaria para a Arábia Saudita nesta terça-feira.
Rouhani disse na conferência de imprensa que Teerã acolheria "qualquer gesto" do Paquistão para ajudar a trazer paz à região.
"Qualquer gesto de boa vontade será respondido com um gesto de boa vontade e boas palavras", comentou ele a Khan.
Expandindo isso, o presidente iraniano disse que o fim da guerra no Iêmen - que a Arábia Saudita e seus aliados do Golfo enfrentam desde 2015 - é "crucial para resolver os desafios regionais". Tanto Teerã quanto Islamabad acreditam que as crises regionais têm soluções políticas.
Seus comentários ecoam declarações anteriores de Teerã. Antes da visita de Khan, o Ministério de Relações Exteriores do Irã afirmou que estava "sempre pronto para manter conversas com seus vizinhos, incluindo a Arábia Saudita, para se livrar de qualquer mal-entendido".