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Salário do funcionalismo público é 'bola de neve' que dificulta contas do Brasil, diz economista

© Folhapress / Pedro Ladeira/FolhapressO ministro da Economia, Paulo Guedes, fala durante seminário sobre a MP da Liberdade Econômica, no STJ, em Brasília, em 12 de agosto de 2019.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fala durante seminário sobre a MP da Liberdade Econômica, no STJ, em Brasília, em 12 de agosto de 2019. - Sputnik Brasil
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Poucas pessoas ganhando muito. Esse é o cenário dos funcionalismo público do Brasil, segundo estudo do Banco Mundial. O levantamento sugere a contenção de salários e contratações para equilibrar as contas.

A pesquisa afirma que os salários dos servidores são, em média, 96% maiores do que os de seus homólogos na iniciativa privada. O Banco Mundial diz que o Brasil tem um gasto com o setor público elevado para os padrões internacionais e que este cenário acontece por conta do "alto valor de remuneração e não ao número de funcionários".

Entre as medidas recomendadas pela instituição está a diminuição dos salários iniciais e o congelamento dos vencimentos por três anos. Ainda de acordo com o Banco Mundial, é possível "controlar a taxa de crescimento da folha por meio de políticas de diminuição do reajuste salarial"

A economista e professora do Insper Juliana Inhasz concorda com a avaliação do Banco Mundial e diz que "o Brasil, que tem um gasto público elevado, precisa reduzir seus gastos e acertar suas contas para conseguir voltar a crescer."

"Isso acaba criando uma bola de neve porque você tem funcionários públicos que são caros, frente aos mesmos trabalhadores da iniciativa privada, isso acaba de fato criando uma distorção de renda muito maior, fazendo com que o governo não consiga colocar suas contas em ordem, ou tenha mais dificuldade para fazer isso", diz Inhasz à Sputnik Brasil. 

A professora do Insper destaque o assunto é impopular, mas necessário. Para contornar essas dificuldades, avalia Inhasz, o Estado poderia introduzir reformas graduais no funcionalismo público para conseguir cortar seus custos. 

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