Guerra antissubmarino: 'calcanhares de Aquiles' da OTAN em potencial conflito com Rússia

© AP Photo / Martin MeissnerFragata alemã Luebeck F214 perto do cais de Bremerhaven, Alemanhã, 16 de maio de 2019
Fragata alemã Luebeck F214 perto do cais de Bremerhaven, Alemanhã, 16 de maio de 2019 - Sputnik Brasil
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Nos últimos 20 anos muito líderes militares têm observado que a Rússia intensificou as suas atividades submarinas para níveis nunca antes vistos.

Essas manobras, comparadas com as que ocorreram durante a Guerra Fria, causam preocupação no Ocidente, segundo um estudo publicado pelo Instituto Naval dos EUA.

Embora a pesquisa realizada pela entidade repita a velha hipótese de que a Rússia poderia representar uma ameaça à OTAN, os autores ressaltam claramente que a missão fundamental da Marinha da Rússia não mudou desde os anos 60 e que suas forças foram concebidas para impedir que a aliança militar ocidental utilizasse o mar como espaço para suas manobras.

Na época da Guerra Fria, a URSS construiu predominantemente submarinos e navios de superfície equipados com armas antinavio, cujas missões eram apoiadas pela aviação de longo alcance. Desta forma, o país soviético procurou evitar ataques aéreos e navais contra o seu território.

No momento, as armas russas melhoraram consideravelmente. Em consequência, a Rússia já não precisa de navios de transporte marítimo para impedir os reforços da OTAN que chegam à Europa através do Atlântico.

Infraestrutura vital

"A principal missão dos submarinos russos de ataque e de mísseis guiados é impedir o reforço do teatro europeu a partir dos EUA por via marítima […] Os seus mísseis de longo alcance de baseamento terrestre podem atingir a infraestrutura portuária vital no mar do Norte na Bélgica, nos Países Baixos e na Alemanha a partir de plataformas de lançamento nos mares da Noruega e de Barents", afirma o estudo.

© Sputnik / Denis AbramovNavio Grad Sviyazhsk, da Marinha russa, lança míssil de cruzeiro Kalibr durante treinamentos da Flotilha do Mar Cáspio (foto de arquivo)
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Navio Grad Sviyazhsk, da Marinha russa, lança míssil de cruzeiro Kalibr durante treinamentos da Flotilha do Mar Cáspio (foto de arquivo)

Os autores do artigo comentam que, graças ao seu longo alcance, os mísseis de cruzeiro Kalibr fornecem à Marinha russa capacidades que esta "nunca teve antes", além de salientarem que um único submarino do projeto 885 Yasen é susceptível de paralisar a cidade alemã de Bremerhaven, que serve como o principal porto de desembarque dos EUA na Europa.

Política hostil

No início de 2019, o presidente russo Vladimir Putin reiterou que a Rússia não ameaça ninguém e que todas as suas atividades militares no domínio da segurança são de natureza defensiva e representam uma resposta aos EUA, o membro fundamental da OTAN.

Putin observou que, nos últimos anos, Washington havia aplicado uma política hostil em relação à Rússia, com sanções que "podem ser consideradas ilegais do ponto de vista do direito internacional".

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