Maduro manterá Exército na fronteira entre Venezuela e Colômbia após exercícios militares

© REUTERS / Manaure QuinteroPresidente da Venezuela, Nicolás Maduro, gesticula ao falar durante coletiva de imprensa em Caracas, Venezuela, 30 de setembro de 2019
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, gesticula ao falar durante coletiva de imprensa em Caracas, Venezuela, 30 de setembro de 2019 - Sputnik Brasil
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que estenderá a medida de alerta laranja e manterá as tropas na área fronteiriça com a Colômbia.

"Há tráfico de drogas, combustível, sequestros da Colômbia [...] Todas essas ameaças me levaram à decisão de fazer exercícios militares", afirmou o líder bolivariano na segunda-feira (7) no canal de televisão estatal venezuelano.

O presidente venezuelano também ressaltou que Bogotá busca entrar em guerra contra Caracas e não pode permitir que qualquer grupo armado "entre no território da Venezuela".

Maduro complementa que, após três semanas de manobras militares fronteiriças, o país está agora "na melhor posição em 200 anos para defender o território, a soberania e a paz na Venezuela".

"Decidi continuar com o alerta laranja na fase 2 ativa, continua o alerta laranja e o deslocamento de nossa Força Armada em pleno exercício de nossa soberania", adicionou o chefe de Estado.

© Sputnik / Mikhail Alaeddin / Acessar o banco de imagensMilitares venezuelanos fazem cordão de isolamento na ponte Simón Bolívar, que conecta a Venezuela com a Colômbia
Maduro manterá Exército na fronteira entre Venezuela e Colômbia após exercícios militares - Sputnik Brasil
Militares venezuelanos fazem cordão de isolamento na ponte Simón Bolívar, que conecta a Venezuela com a Colômbia

"Nenhum [...] grupo paramilitar armado irregular ou de nenhum tipo pode andar em território venezuelano", continuou Maduro, aplaudido pelos militares durante um ato em que felicitou as Forças Armadas pelas manobras.

A Venezuela realizou exercícios militares em grande escala perto da fronteira colombiana entre 10 e 28 de setembro. De acordo com Maduro, Caracas também implantou sistemas de defesa antiaérea na fronteira, enfatizando que o país está aumentando suas forças na região em meio à ameaça de uma possível agressão por parte da Colômbia.

Crise política

As relações entre Caracas e Bogotá pioraram em meio à atual crise política e econômica na Venezuela. Em janeiro, um grupo da oposição tentou derrubar Maduro e instalar o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó.

A tentativa fracassou, mas a agitação continuou, com Maduro acusando Bogotá de estar por trás do movimento para derrubar ou assassiná-lo. A Colômbia negou as alegações.

Bogotá, no entanto, ao lado de outros países, apoiou Guaidó como presidente interino. A China e a Rússia estão entre os Estados que apoiam Maduro, constitucionalmente eleito, como o líder legítimo da Venezuela.

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