Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), políticas indianas geraram prejuízos aos agricultores brasileiros ao derrubar as cotações do produto.
Eduardo Leão, diretor-executivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), disse que o subsídio causa distorções no mercado internacional.
"Acaba-se entrando em um círculo vicioso, por meio do qual a Índia tem que cada vez mais que apoiar os seus produtores e quem é penalizado são aqueles países que produzem em condições de mercado, sem subsídios, que é o caso brasileiro", disse à Sputnik Brasil.
Segundo estimativas feitas por Eduardo Leão, o Brasil perdeu US$ 1,4 bilhão por conta dos subsídios indianos em 2018.
"Além de causar distorções no mercado em geral, a gente estima que somente no Brasil no ano passado houve uma redução da nossa renda do setor da cana-de-açúcar da ordem de 1,4 bilhão de dólares", afirmou.
Para o mercado mundial, as perdas somaram mais de US$ 3 bilhões aos produtores de açúcar.
"Se nós considerarmos o impacto para todos os outros países que produzem e exportam açúcar a nossa estimativa foi um prejuízo da ordem de 3,5 bilhões de dólares", disse o produtor.
De acordo com Eduardo Leão, o Brasil espera que a decisão da OMC seja tomada em meados de 2020.
"Estamos trabalhando para um cenário de uma decisão no máximo até junho do ano que vem", completou.
