Impeachment nos EUA: enviado para Ucrânia pede demissão após polêmica de Trump

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Representante especial dos EUA para a Ucrânia, Kurt Volker - Sputnik Brasil
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Kurt Volker, enviado especial dos EUA para a Ucrânia, renunciou ao cargo depois de ser citado em uma intimação do Congresso como parte de uma investigação de impeachment contra o presidente Donald Trump por causa de suas negociações com Kiev.

A demissão foi relatada na sexta-feira pelo State Press, o jornal da Arizona State University, onde Volker atua como diretor executivo do Instituto McCain - um cargo que ele continuou a ocupar após sua nomeação para o cargo na Ucrânia em julho de 2017.

Volker informou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, de sua renúncia, confirmou um funcionário da ASU ao jornal, recusando-se a comentar mais sobre assuntos de pessoal.

A medida ocorre depois que o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA tentou compelir o testemunho de Volker em 3 de outubro, como parte de sua investigação sobre a suposta irregularidade de Trump.

O nome do enviado dos EUA para a Ucrânia foi levantado em uma denúncia da "fonte" sobre uma ligação telefônica de 25 de julho entre Trump e o presidente ucraniano Vladimir Zelensky.

© REUTERS / Jonathan ErnstPresidente ucraniano Vladimir Zelensky se encontrou com Donald Trump em Nova York
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Presidente ucraniano Vladimir Zelensky se encontrou com Donald Trump em Nova York

Os democratas estão alegando que, durante a chamada, Trump "pediu por ilegalidades" contra o ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden, enquanto ameaçava reter a ajuda militar estadunidense para a Ucrânia. A transcrição da conversa, divulgada pela Casa Branca na quarta-feira, não pôs fim à controvérsia.

O filho de Biden, Hunter, havia sido contratado como membro do conselho de administração por uma empresa de gás ucraniana, Burisma Holdings, no valor de US$ 50.000 por mês, enquanto seu pai era o homem de ponto do governo Obama na política da Ucrânia.

Um promotor que teria investigado Burisma como parte de uma investigação anticorrupção foi demitido depois que Biden ameaçou reter US$ 1 bilhão em empréstimos a Kiev, de acordo com a própria admissão do ex-vice-presidente em um evento em Washington, capturada em vídeo em janeiro de 2018.

A nomeação de Volker foi incomum, pois ele continuou recebendo um salário do Instituto McCain, parcialmente financiado por doações da empresa de lobby Barbour Griffith Rogers (BGR), onde também atuou como "consultor internacional sênior". Um dos clientes da BGR não era outro senão o ex-presidente da Ucrânia Pyotr Poroshenko, que perdeu para Zelensky nas eleições presidenciais no início deste ano.

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