Astrônomos descobrem raios gama emitidos por pulsar que roda 707 vezes por segundo

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Mais de oito anos de dados foram analisados para detectar a radiação gama emitida pelo pulsar J0952-0607, que gira a uma velocidade de 707 vezes por segundo e cuja radiação é tão fraca que foi extremamente difícil detectá-la.

Uma equipe internacional de astrônomos dirigida pelo Instituto Max Planck de Física Gravitacional (Alemanha) descobriu que o segundo pulsar mais rápido conhecido até hoje emite raios gama. Esta descoberta poderia ajudar aos cientistas a compreender melhor as características das estrelas, informa o estudo publicado recentemente na revista The Astronomical Journal.

Para detectar a radiação gama emitida pelo pulsar J0952-0607, que gira a uma velocidade de 707 vezes por segundo, se necessitou a análise de mais de oito anos de dados do Telescópio Espacial de Raios Gama Fermi, da NASA, bem como as observações da rede de radiotelescópios LoFar dos últimos dois anos e a informação recebida pelo Observatório de Ondas Gravitacionais com Interferômetro Laser (LIGO).

© Sputnik / Valentin Shiyanovsky / Acessar o banco de imagensAntena para detectar as ondas gravitacionais
Astrônomos descobrem raios gama emitidos por pulsar que roda 707 vezes por segundo - Sputnik Brasil
Antena para detectar as ondas gravitacionais

"Esta busca é extremamente desafiante, porque o telescópio de raios gama Fermi só registrou o equivalente a aproximadamente 200 raios gama deste fraco pulsar durante os 8,5 anos de observações", disse o astrônomo Lars Nieder, o chefe da pesquisa. Isso significa que durante esse tempo o pulsar mesmo rodou 220 bilhões de vezes.

"Em outras palavras, só uma vez em cada bilhão de rotações se observou um raio gama!", explicou o cientista.

Os investigadores indicaram também que não encontraram pulsações de raios gama anteriores a julho do ano de 2011, e que ainda é desconhecida a razão pela qual o pulsar as registrou depois dessa data. As variações na quantidade de radiação emitida poderiam ser uma das explicações, mas o pulsar é tão fraco que não foi possível provar esta hipótese com precisão suficiente.

O que é um pulsar?

Pulsar é uma estrela de nêutrones com um intenso campo magnético que induz a emissão de pulsos de radiação eletromagnética a intervalos regulares, relacionados com o período de rotação do objeto. O pulsar é o produto dos restos de explosões estelares e consiste em matéria exótica extremamente densa.

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