Putin propõe que Arábia Saudita compre sistema de mísseis antiaéreos russo

© REUTERS / HAMAD I MOHAMMEDIncêndio em instalações da Saudi Aramco no campo de Abqaiq, na Província Oriental da Arábia Saudita, em 14 de setembro de 2019
Incêndio em instalações da Saudi Aramco no campo de Abqaiq, na Província Oriental da Arábia Saudita, em 14 de setembro de 2019 - Sputnik Brasil
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs nesta segunda-feira (16) que a Arábia Saudita compre um sistema de mísseis antiaéreos russo para se defender, dois dias após um ataque contra instalações petrolíferas no reino.  

"Estamos prontos para fornecer ajuda apropriada, basta apenas que a liderança da Arábia Saudita adote uma decisão de estado sábia, da mesma maneira que o Irã já fez ao comprar os sistemas de mísseis russo S-300, e da mesma maneira que a Turquia fez adquirindo os sistemas de mísseis russo S-400", afirmou Putin.

O líder está em Ancara para uma cúpula sobre a situação na Síria. Além de Rússia e Turquia, o Irã também participa do encontro. De acordo com o presidente russo, as armas "seguramente protegerão" quaisquer instalações e infraestrutura saudita.

"O Alcorão rechaça qualquer forma de violência, exceto para defesa, e precisamente para defender estamos dispostos a fornecer assistência apropriada para a Arábia Saudita", disse o chefe do Kremlin após coletiva conjunta com os representantes da Turquia e Irã.

A coalizão liderada por Riad no Iêmen afirmou que as armas utilizadas no ataque contra a Arábia Saudita foram fabricadas no Irã. Os preços do petróleo dispararam após o incidente, que não deixou mortos. A destruição das refinarias sauditas provocou uma enorme queda no estoque de petróleo do reino e do mundo.

EUA acusam Irã; Rússia pede calma

A ação gerou uma crise internacional, que coloca em lados opostos o Irã e os Estados Unidos, dois países que vem aumentando as ameaças um contra o outro faz algum tempo.

A ofensiva foi reivindicada pelos rebeldes houthis no Iêmen, país que vive uma guerra civil desde 2015. A Arábia Saudita apoia uma coalização a favor do governo contra os insurgentes, que por sua vez contam com a ajuda de Teerã.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse por sua vez que não há nenhuma prova de que o ataque seja proveniente do território iemenita. A Rússia pediu para a comunidade internacional não tirar conclusões precipitadas sobre o assunto.

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